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Estado de Minas

Pandemia deixa mais de 400.000 mortos no mundo e quase 7 milhões de contaminados


postado em 07/06/2020 15:13

Mais de 400.000 mortes e quase sete milhões de casos de contágio oficialmente registrados desde que surgiu na China, no final de dezembro passado: este é o último balanço da COVID-19, que segue atingindo especialmente a América Latina.

Há algumas semanas transformada no novo epicentro da pandemia, a América Latina registra mais de 1,3 milhão de casos de contágio e passa de 64.000 óbitos. Mais da metade do total de mortos é no Brasil, onde o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro se recusou a aplicar medidas de confinamento.

Neste domingo, durante o Ângelus, o papa Francisco lamentou que o letal vírus continua tirando vidas na região.

Depois de agradecer pelo fato a epidemia parecer ter sido superada na Itália, o sumo pontífice acrescentou que "infelizmente, em outros países, especialmente na América Latina, o vírus continua fazendo muitas vítimas". Francisco expressou sua "proximidade com essas populações, os doentes e suas famílias e todos os que cuidam deles".

Procurando emergir do colapso econômico causado por semanas de restrições e de confinamentos para conter a propagação do vírus, os países, incluindo muitos que ainda sofrem com o vendaval da pandemia, continuam se abrindo.

Dada a desaceleração das infecções e a queda no número de mortes, a Europa seguirá, nesta semana, com a reativação de seu comércio e indústria e com a reabertura de atividades sociais e de suas fronteiras.

Com mais de 27.000 mortos, a Espanha continua na segunda-feira com seu cauteloso desconfinamento por fases, com a passagem de Madri e Barcelona para a segunda e penúltima etapa. Nela, está autorizada a abertura de praias para banhos de sol e das áreas internas dos restaurantes.

Com mais de 40.000 mortes, o Reino Unido anunciou hoje a reabertura dos locais de culto "para a oração individual", a partir de 15 de junho.

Neste fim de semana, locais emblemáticos como o Palácio de Versalhes, nos arredores de Paris, ou os grandes museus de Madri, como o Prado, voltaram a receber o público.

- A passos acelerados na AL -

De longe o país mais afetado do mundo em números absolutos, os Estados Unidos registram mais de 109.000 mortes e 1,9 milhão de casos. Ainda assim, o presidente americano, Donald Trump, diz que a economia está se recuperando e insiste em flexibilizar o confinamento.

Seguindo seu exemplo, o presidente Jair Bolsonaro ameaçou retirar o Brasil da Organização Mundial da Saúde (OMS), alegando "viés ideológico" da organização.

Terceiro país com mais mortes por vírus no mundo (mais de 35.000) e com 645.000 casos oficialmente reconhecidos, as autoridades regionais de saúde acusaram o governo de tornar "invisíveis" os mortos pela COVID-19 e questionam a metodologia para contagem de óbitos.

Apesar de o México, com mais de 13.000 mortes e 110.000 infecções, estar em um pico de disseminação e de mortalidade, o governo iniciou a reabertura econômica e social.

O Peru é o segundo país da região em número de casos (191.758) e o terceiro em mortes (5.302), com um sistema de saúde à beira do colapso.

Com 386 mortes e 16.000 infecções, o Panamá, o mais atingido da América Central, retomará a quarentena por gênero na capital e em uma província adjacente na segunda-feira, depois do aumento de número de casos decorrente do desconfinamento.

Temendo uma maior disseminação do vírus, a Venezuela anunciou que reduzirá o fluxo de migrantes autorizados a retornarem para o país através de uma importante passagem de fronteira com a Colômbia, a partir de segunda-feira (8).

Em Cuba, o presidente Miguel Díaz-Canel declarou a COVID-19 "sob controle" e afirmou que poderá anunciar uma estratégia de desconfinamento gradual na próxima semana. Neste domingo, o país completou oito dias sem registrar óbitos por coronavírus.

Em um artigo no jornal espanhol "El País", o escritor peruano Mario Vargas Llosa destacou a "eficiente" maneira como o Uruguai vem lutando contra o vírus. Até o momento, o país acumula 826 infectados e 23 mortes.

No texto, o Prêmio Nobel de Literatura critica Brasil e Argentina por não imitarem seu pequeno vizinho.

"A estes gigantes teria sido melhor se, em vez de fazer o que fizeram para deter (ou incentivar, no caso brasileiro) a pandemia, tivesse seguido o exemplo uruguayo", afirma.

- Longo caminho para recuperação -

Em um momento em que a indústria do petróleo foi particularmente afetada pela queda da demanda durante o confinamento, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados decidiram, neste fim de semana, prolongar os atuais cortes de produção em julho para estimular preços do petróleo.

Dados sombrios das duas maiores economias da Ásia destacam, porém, o longo caminho para a recuperação global.

As exportações da China caíram 3,3% na comparação anual em maio, após uma recuperação inesperada em abril. Analistas dizem que um declínio mais acentuado está-se aproximando desta potência manufatureira mundial.

E, na Índia, as fábricas também lutam para recomeçar, devido à escassez de mão de obra. O país emerge lentamente de um rígido bloqueio que enviou milhões de trabalhadores migrantes para suas aldeias remotas.

"Pelo menos 60% dos nossos trabalhadores foram embora. Como podemos fazer uma fábrica funcionar com apenas um terço da mão de obra?", questiona Sanjeev Kharbanda, empresário ligado ao setor de calçados no estado indiano de Haryana.

Das grandes às pequenas empresas, o estrago causado pelo vírus foi imenso, levando muitas à falência.


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