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Estado de Minas

França declara 'controlada' pandemia de COVID-19, que causa estragos no Brasil


postado em 05/06/2020 09:19

A França declarou nesta sexta-feira (5) que a pandemia de COVID-19 está "controlada" em seu território, enquanto no outro lado do Atlântico, o Brasil se tornou o terceiro país do mundo em número de mortes pela doença.

O novo coronavírus causou mais de 390.000 mortes em todo mundo, com mais de 6,6 milhões de casos de contágio confirmados, de acordo com o balanço estabelecido pela AFP com base em fontes oficiais nesta sexta-feira às 8h.

Na França, "o vírus continua circulando em certas regiões (...), mas circula em baixa velocidade", declarou François Delfraissy, presidente do conselho científico francês que assessora o governo na gestão da pandemia.

O conselho científico publicou uma nova recomendação, na quinta-feira (4), para que o país se prepare para "quatro cenários prováveis" para os próximos meses: de uma "epidemia sob controle" até uma "degradação crítica".

"Achamos que o cenário número um, ou seja, o controle da epidemia, é o mais provável", disse Delfraissy.

Um dos países mais afetados pela pandemia, a França registrou 29.065 mortes e 189.441 casos de contágio, de acordo com o último balanço da AFP divulgado na quinta-feira à noite.

A pandemia mostra sinais de estabilização na Europa, onde as medidas de confinamento têm sido flexibilizadas há algumas semanas.

Já na América Latina, a crise está-se intensificando, com quase 1,2 milhão de infecções e 60.000 mortes já declaradas oficialmente.

- Não ceder à "paranoia" -

O Brasil é o país mais afetado na região e o terceiro no mundo em número de mortes desde quinta-feira, com o triste saldo de 34.021 óbitos e quase 615.000 casos.

No momento, é superado apenas pelos Estados Unidos, com 108.000 mortes, e pelo Reino Unido, com 39.904.

O gigante latino-americano não aplicou nenhuma política contra o vírus em nível nacional, e as medidas de confinamento decretadas por alguns estados e municípios foram geralmente menos rigorosas do que na maioria dos países europeus.

"Nada indica que a curva da [mortalidade] diminuirá" no curto prazo no Brasil, alertou o presidente da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR), Francesco Roca, em declarações à AFP.

À medida que a pandemia avança, as Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos (OEA) alertaram para o "sério risco" para os indígenas da Amazônia, lar de 420 povos originários, 60 deles em isolamento voluntário.

Na quinta-feira, pelo segundo dia consecutivo, o México registrou um máximo de infecções diárias (4.442) e mais 816 mortes, elevando o total para 105.680 casos e 12.545 óbitos.

O país começou a diminuir o confinamento após mais de dois meses, e seu presidente, Andrés Manuel López Obrador, pediu à população que não "relaxe a disciplina", mas também não caia na "paranoia".

No Peru, segundo país da região em número de casos e terceiro em mortes, os 5.000 óbitos foram superados na quinta-feira, enquanto o sistema de saúde está à beira do colapso, com mais de 9.000 pessoas hospitalizadas.

- Horizonte econômico sombrio -

Adicionada à crise de saúde causada pela COVID-19 está a econômica, após dois meses de atividade global paralisada.

Na Espanha, outro dos países europeus mais afetados, com mais de 27.000 mortes e onde uma estrita quarentena foi decretada desde 14 de março, a produção industrial despencou 33,6% em abril na taxa interanual, com um impacto especial no Setor automotivo.

Além dos números, os temidos efeitos econômicos da pandemia começaram a ser sentidos nas ruas.

A montadora japonesa Nissan anunciou que fechará sua fábrica em Barcelona (nordeste), o que resultará na eliminação de 3.000 empregos diretos e 22.000 indiretos, de acordo com os sindicatos.

Sua concorrente, a americana Ford, planeja cortar 350 empregos em sua fábrica em Valência (leste), adotando um programa de demissão voluntária.

A fabricante britânica de carros de luxo Bentley anunciou nesta sexta-feira que cortará 1.000 empregos.

A indústria alemã é outra grande vítima da pandemia, que causou a maior queda nas encomendas desde 1991, de 25,8%, conforme anúncio do escritório de estatísticas (Destatis) nesta sexta-feira.

Apesar disso, alguns anúncios representam um raio de esperança, indicando que o confinamento estrito, tão negativo para a atividade, pode ter valido a pena no campo da saúde.

Nesta sexta-feira, Fiji, um país insular do Pacífico, declarou-se livre de coronavírus, depois de ordenar o fechamento de fronteiras e um estrito isolamento para conter a pandemia, com apenas 18 casos relatados.


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