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Estado de Minas

Estados Unidos suspendem voos de companhias aéreas chinesas


postado em 03/06/2020 19:43

Os Estados Unidos ordenaram a suspensão de voos de e para seu território operados por companhias aéreas chinesas, depois que Pequim não permitiu que as empresas americanas retomassem os serviços para a China.

"As companhias aéreas dos Estados Unidos pediram para retomar o serviço de passageiros desde 1º de junho. A recusa do governo chinês em aprovar esses pedidos é uma violação do nosso Acordo de Transporte Aéreo", disse o Departamento americano dos Transportes, em uma nota.

A suspensão será aplicada a partir de 16 de junho, mas poderá entrar em vigor mais cedo, se o presidente Donald Trump ordenar.

A interdição afetará no total sete empresas chinesas, entre elas a Air China e a China Eastern Airlines, ainda que não inclua aviões de carga.

As companhias aéreas americanas reduziram, ou suspenderam, seus serviços para a China, devido à pandemia de COVID-19. As empresas United e Delta entraram, porém, com pedidos para retomar os voos no início de maio e não receberam permissão da Autoridade de Aviação Civil Chinesa (CAAC), informou o Departamento dos Transportes.

Em março, Pequim autorizou as companhias aéreas locais a operarem um voo por semana a partir do país até um país estrangeiro, um limite imposto como forma de conter o vírus.

- No aguardo por uma atitude de Pequim? -

Quatro companhias aéreas chinesas realizam atualmente voos entre os EUA e o seu país, enquanto nenhuma empresa americana faz o mesmo, segundo o Departamento de Estado, que diz que algumas dessas companhias usam voos charter para contornar o limite de um voo por semana como forma de aumentar sua vantagem competitiva.

As empresas aéreas americanas comemoraram a decisão do governo. A Airlines for America, o principal grupo no setor, considera que é uma boa forma de garantir a "equidade" e uma sã competência.

"Esperamos que esse procedimento prolongue os direitos das companhias aéreas americanas segundo o acordo sobre o transporte aéreo entre os Estados Unidos e a China", escreveu por mensagem eletrônica Katherine Estep, porta-voz desse grupo.

"Estaremos encantados de retomar o serviço entre os EUA e a China quando o entorno normativo nos permitir", disse a United. A Delta, por sua vez, comemorou as medidas destinadas a respeitar os direitos das companhias aéreas "e garantir a equidade".

O governo dos EUA afirmou que está pronto para anular sua decisão se Pequim atuar a favor das empresas americanas. Se Pequim ajustar sua política, estaremos "totalmente preparados para reexaminar a decisão".

"Nosso objetivo fundamental não é perpetuar essa situação, mas sim um ambiente melhor, no qual as companhias aéreas dos dois países possam exercer plenamente seus direitos bilaterais", afirmou o Departamento dos Transportes.

No início de janeiro e antes da pandemia, as companhias aéreas chinesas e americanas realizavam cerca de 325 voos semanais entre os dois países.

A interdição afetará sete empresas chinesas, incluindo gigantes como Air China e China Eastern Airlines, mas exclui os aviões de carga.

As relações sino-americanas se deterioraram nas últimas semanas com a multiplicação dos desacordos, incluindo a questão de Hong Kong.

A China deseja impor ao território semiautônomo uma lei de segurança que provocou protestos internacionais generalizados.

O projeto de lei aprovado pelo parlamento chinês, mas ainda não adotado definitivamente, prevê a punição de atividades separatistas, "terroristas", subversivas e a interferência estrangeira em Hong Kong.

Os EUA consideram que o território perde a autonomia que Pequim prometeu conceder e começou a rever o status preferencial do qual desfrutava Hong Kong, que até 1997 era uma colônia britânica.


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