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Estado de Minas

Jornalistas são alvos de ataques em protestos nos EUA


postado em 01/06/2020 14:31

Jornalistas que cobrem os protestos nos Estados Unidos pela morte de um homem negro sob custódia policial, foram agredidos pela polícia e manifestantes.

A prisão de um jornalista negro da CNN pela polícia em Minneapolis, enquanto transmitia ao vivo as manifestações pela morte de George Floyd nesta cidade, foi talvez o mais chamativo.

O repórter Omar Jimenez foi liberado uma hora depois que o governador de Minnesota interveio pessoalmente.

Mas outros incidentes contra a imprensa ocorrem à medida em que surgem protestos em várias cidades do país. Em Louisville, Kentucky, um policial das forças de choque lançou gás lacrimogêneo contra uma equipe da televisão local que gravava no lugar.

"Estão atirando em mim!", gritou diante da câmara Kaitlin Rust, repórter da rede local WAVE-3.

Em Minneapolis, a jornalista independente Linda Tirado perdeu a visão de seu olho esquerdo após ser atingida com uma bala de borracha disparada pela polícia.

"As autoridades das cidades de todo os Estados Unidos precisam ordenar à polícia que não ataque jornalistas", disse em comunicado o Comitê para Proteger Jornalistas (CPJ).

Membros da mídia também foram atacados por manifestantes. Em Pittsburgh, Pennsylvania, o fotógrafo Ian Smith afirmou ter sido alvo de um espancamento antes que outros manifestantes interrompessem.

Em Atlanta, a sede da rede de notícias CNN foi atacada na sexta-feira por várias dezenas de pessoas. Uma delas lançou uma granada na recepção do prédio, onde estava a polícia.

Na manhã de sábado, um jornalista da Fox News que estava em frente à Casa Branca foi agredido e perseguido por manifestantes antes que a polícia interviesse.

"Se você for um manifestante, faça o que acha certo, mas não nos impeça de fazer o que sabemos, é o trabalho que temos que fazer para o público", disse a Sociedade de Jornalistas Profissionais (SPJ) em nota.

Após o incidente na sede da CNN, o presidente Donald Trump retuitou uma publicação de um seguidor: "Em uma reviravolta irônica, a sede da CNN é atacada pelos mesmos agressores que [o canal] promoveu como nobres e justos. Oops".

O presidente frequentemente critica a imprensa, a qual denuncia como fontes de "fake news" (notícias falsas), alegando sem provas que a mídia inventa histórias para prejudicá-lo.

Acusou os jornalistas de serem "inimigos do povo" e com frequência dirige sua raiva à CNN.

Analistas dos meios de comunicação alegam que esse tipo de linguagem pode ter o efeito, pelo menos nos setores mais marginais, de promover violência contra jornalistas.


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