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Estado de Minas

Renault cortará cerca de 15.000 empregos no mundo, 4.600 na França


postado em 28/05/2020 20:07

A montadora francesa Renault planeja cortar cerca de 15.000 empregos em todo o mundo, incluindo 4.600 na França, como parte de um plano para economizar de EUR 2 bilhões em três anos, informaram fontes nesta quinta-feira.

O grupo, que tem cerca de 180.000 funcionários em todo o mundo e pretende anunciar o plano nesta sexta-feira, pretende reduzir o número de funcionários sem "demissões forçadas", com demissões voluntárias, aposentadorias, medidas de mobilidade interna ou reciclagem, disseram fontes à AFP.

O corte afetará, em particular, quatro fábricas na França, embora as condições ainda precisem ser parcialmente estabelecidas: Caudan (Morbihan), Choisy-le-Roi (Val-de-Marne), Dieppe (Seine Martitima) e Maubeuge (norte).

Além disso, o grupo francês planeja suspender seus projetos de expansão para fábricas em Marrocos e Romênia e reduzir sua capacidade de produção na Rússia, suas atividades mecânicas na Coreia do Sul e a fabricação de caixas de engrenagens na Turquia.

Segundo rumores na imprensa sobre o fechamento de fábricas francesas, o presidente Emmanuel Macron pediu "garantias" para o futuro dos trabalhadores e pressionou a Renault, alertando que o crédito garantido pelo Estado em 5 bilhões de euros só serão assinados após uma conversa no início da próxima semana.

O Estado francês é o maior acionista do grupo com 15% do capital.

A Renault registrou em fevereiro suas primeiras perdas anuais em dez anos e, em seguida, anunciou uma redução nos custos fixos de 2 bilhões de euros por ano.

As dificuldades da fabricante, que sofre com capacidade excessiva de produção, vêm antes da pandemia da COVID-19, mas a crise as agravou.

- Redução da capacidade de produção -

A fabricante apresentou o plano de economia na quinta-feira à noite aos sindicatos, durante um comitê econômico e social central do grupo.

A Nissan, parceira japonesa da Renault, havia anunciado anteriormente o fechamento de sua fábrica em Barcelona e um corte de cerca de 20% de sua capacidade de produção global até 2023.

Na quarta-feira, a Renault, a Nissan e a Mitsubishi Motors anunciaram uma virada estratégica para privilegiar a lucratividade a partir de agora, em ruptura com os planos do ex-presidente Carlos Ghosn.

De acordo com o plano de economia que a Renault apresentou aos sindicatos, sua capacidade de produção global passará dos atuais 4 milhões de veículos para cerca de 3,3 milhões.

No norte da França, planeja fundir as montadoras de Douai e Maubeuge para criar um centro de excelência para veículos utilitários elétricos e leves.

A produção dos veículos utilitários elétricos Kangoo será transferida para Douai, que herdará uma nova plataforma. Atualmente, esta fábrica que produz os modelos Espace, Scenic e Talisman utiliza menos de um quarto de sua capacidade.

O plano de economia de 2 bilhões de euros será dividido em "um terço em produção, um terço em engenharia e um terço em despesas estruturais, de marketing e distribuição".


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