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Estado de Minas

Governador do Rio é alvo de investigação da PF sobre desvios na Saúde


postado em 26/05/2020 14:01

A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (26) na residência oficial do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, uma operação que investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo a construção dos hospitais de campanha para combater a COVID-19 no estado.

Nomeada de "Operação Placebo", a PF informou, em comunicado, que as provas iniciais "apontam para a existência de um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do Estado do Rio de Janeiro".

O governador, adversário político do presidente Jair Bolsonaro, nega qualquer envolvimento no esquema.

Houve buscas no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, na casa onde Witzel morava antes de assumir o cargo e no apartamento do ex-subsecretário de Saúde, Gabriel Neves, situado no Leblon.

Várias pessoas foram presas no início de maio, entre elas Neves, suspeitas de participar de um esquema de compra fraudulenta de respiradores, essenciais para tratar as urgências do novo coronavírus.

Witzel nega ter participado de qualquer irregularidade.

"Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal", afirmou em comunicado, acrescentando estar "alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos".

O governador apontou para o fato de que anteriormente uma autoridade política havia se referido publicamente sobre futuras investigações contra governadores, "o que demonstra limpidamente que houve vazamento".

Inicialmente um aliado de Bolsonaro, Witzel é hoje um dos seus mais fortes oponentes, principalmente em relação às medidas de isolamento adotadas no Rio, São Paulo e outros estados que buscam conter a propagação da doença, criticadas pelo presidente por seu impacto na economia.

Segundo informações do governo, dos nove hospitais de campanha planejados para o estado do Rio de Janeiro, apenas três foram abertos até o momento, dois deles construídos e gerenciados pela iniciativa privada.

O Rio de Janeiro já registrou mais de 4.000 mortes e 39.000 casos da COVID-19, que já matou 23.473 pessoas e infectou 374.898 pessoas em todo o país.

Especialistas alertam que o número de casos podem ser quinze vezes maior já que há falta de testes para a população.


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