(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Coronavírus varre a América Latina


postado em 23/05/2020 08:13

O coronavírus continua seu avanço inexorável na América Latina, que se tornou o novo "epicentro" da pandemia, principalmente no Brasil, o segundo país com mais casos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Pela terceira vez em quatro dias, o Ministério da Saúde brasileiro anunciou na sexta-feira (22) um balanço diário de mortes superior a 1.000.

O Brasil registra um total de 21.048 vítimas fatais, o que o coloca na sexta posição no mundo. Com um total de 330.890 contaminações, incluindo 20.803 nas últimas 24 horas, substituiu a Rússia (326.488 casos) na 2ª posição em termos de número de casos identificados.

A América do Sul é "um novo epicentro" da pandemia de coronavírus, informou na sexta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Vimos o número de casos aumentando em muitos países da América do Sul (...), mas claramente o mais afetado nesse estágio é o Brasil", disse Michael Ryan, responsável das situações de emergência da OMS.

O Peru, que foi o primeiro país latino-americano a impor restrições, também luta para conter a propagação do vírus, que continua a se espalhar, principalmente nos mercados e bancos que permaneceram abertos, com um sistema de saúde frágil, economia informal e pobreza endêmica.

O presidente peruano Martin Vizcarra estendeu na sexta-feira até 30 de junho o confinamento em vigor desde 16 de março e o "isolamento social obrigatório".

O país contabiliza mais de 3.100 mortes e mais de 110.000 casos desde 6 de março.

Com números provavelmente subestimados, a pandemia afetou oficialmente mais de 5,1 milhões de pessoas em todo o mundo. E matou pelo menos 335.538 desde sua aparição em dezembro na China, de acordo com um balanço da AFP estabelecido de fontes oficiais na sexta-feira.

- Locais de culto -

País com mais casos, os Estados Unidos (1,6 milhão), também é o que contabiliza mais vítimas fatais, 95.921, incluindo 1.260 nas últimas 24 horas.

Para homenagear as vítimas, as bandeiras ficarão a meio mastro até domingo.

Apesar desses números, os 50 estados americanos iniciaram um desconfinamento parcial e progressivo, mantendo algumas restrições a respeito das aglomerações.

Os bares reabriram no Texas, sujeitos a uma limitação de um quarto de sua capacidade.

Donald Trump, muito popular entre os cristãos evangélicos, defendeu fortemente a reabertura imediata dos locais de culto no país.

"Considero os locais de culto - como igrejas, sinagogas e mesquitas - lugares essenciais que prestam serviços essenciais", disse o presidente americano na sexta-feira, ressaltando que gostaria que o país "normalizasse" rapidamente.

Especialmente porque algumas empresas americanas emblemáticas estão sofrendo um forte impacto: centenária e mundialmente conhecida, a empresa de aluguel de carros Hertz colocou suas atividades nos Estados Unidos e no Canadá sob o regime de falência americano.

A Europa, onde a pandemia matou mais de 171.000 pessoas, continua seu lento retorno à normalidade, tomando precauções, por medo de um ressurgimento epidêmico.

Na França, o quinto país do mundo em número de mortos (28.289), as cerimônias religiosas poderão ser retomadas neste sábado, desde que os fiéis respeitem a distância física, usem máscara e desinfetem as mãos.

Na entrada dos locais de culto, o fluxo deverá ser regulado para não exceder uma capacidade máxima.

Na Finlândia, a flexibilização permitiu que os trabalhadores estonianos transfronteiriços, retidos por dois meses, voltassem para casa.

A Islândia reabrirá a partir de segunda-feira boates, bares e academias. E na Itália, o famoso Duomo de Florença, a Catedral de Santa Maria del Fiore, reabriu ao público hoje.

O Chipre, muito dependente do turismo, reabrirá seus aeroportos para voos comerciais de cerca de vinte países a partir de 9 de junho.

- Quarentena britânica -

Por outro lado, os viajantes que chegarem do exterior no Reino Unido serão colocados em quarentena por catorze dias. Raras exceções estão previstas, mas não para aqueles que chegarem da França, como Londres e Paris haviam sugerido recentemente.

O governo francês, que lamentou essa decisão, ameaçou Londres com uma "medida de reciprocidade".

Na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, muitas pessoas recorrem a contrabandistas e certificados falsos para se juntarem aos seus entes queridos, como no final de cada Ramadã, apesar da proibição deste ano.

Enquanto isso, apesar das críticas, a China, berço pandemia, que apareceu em dezembro na cidade de Wuhan (centro), comemorou na sexta-feira "um grande sucesso estratégico" em sua "resposta à COVID-19", na abertura da sessão plenária do parlamento.

Menos de 24 horas depois, Pequim anunciou que não havia identificado nenhuma nova contaminação com o novo coronavírus, pela primeira vez desde janeiro.

O último balanço na China aponta quase 83.000 contaminações, incluindo 4.634 fatais.

Mas Washington acusa as autoridades chinesas de terem demorado em alertar o mundo sobre a epidemia e de terem ocultado a magnitude dela, o que Pequim nega vigorosamente.

burx-ayv/jhd /mr


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)