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Estado de Minas

EUA critica OMS por 'fracasso' no enfrentamento da pandemia


postado em 18/05/2020 17:01

Os Estados Unidos criticaram veementemente o "fracasso" da OMS no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus nesta segunda-feira (18), durante a reunião anual da organização, na qual os Estados-membros solicitaram uma "avaliação" da resposta internacional.

Na primeira Assembleia Mundial da Saúde (AMS) realizada por videoconferência, os países também decidiram adiar os debates sobre a participação de Taiwan como observador, uma reivindicação dos Estados Unidos e outras quinze nações.

Taipé já ocupou esta posição por um tempo, mas foi excluída da OMS em 2016, com a chegada ao poder da presidente Tsai Ing-wen, que se recusa a reconhecer o princípio da unidade da ilha e da China continental dentro do mesmo país.

O adiamento dos debates foi aceito nesta segunda-feira sem oposição dos Estados Unidos, mas logo depois o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, condenou a "exclusão" de Taiwan e denunciou a "falta de independência do diretor-geral" da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a quem acusou de ter decidido" não convidar Taiwan sob pressão da República Popular da China".

Washington acusa Pequim de ocultar o alcance da epidemia e culpa a OMS por errar ao administrar a crise, seguindo a posição chinesa. Por isso, o presidente Donald Trump suspendeu a contribuição financeira para a instituição.

Durante a reunião da OMS, seu secretário de Saúde, Alex Azar, garantiu que o "fracasso" da OMS diante da pandemia de COVID-19 custou "muitas vidas" e exigiu que a organização seja "transparente" e se explique.

Por outro lado, a maioria dos participantes da reunião elogiou o desempenho da OMS e de seu diretor, mas reconhecer que a agência precisa se fortalecer.

- "Tragédia" -

No início da reunião, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, criticou os países que "ignoraram as recomendações da OMS" e considerou que o mundo pagaria um "alto preço" pela execução de estratégias divergentes.

"Como consequência, o vírus se espalhou pelo mundo e agora está se encaminhando para os países do sul, onde pode causar efeitos ainda mais devastadores", acrescentou.

Um "enorme esforço multilateral" é necessário diante dessa "tragédia", emendou.

"Espero que a busca por uma vacina possa ser o ponto de partida", concluiu.

O presidente chinês, Xi Jinping, garantiu que uma possível vacina chinesa se tornaria um "bem público mundial" e prometeu um investimento de US $ 2 bilhões em dois anos para a lutar contra a COVID-19.

O presidente francês, Emmanuel Macron, também afirmou que, se a vacina fosse encontrada, seria "um bem público mundial, ao qual todos deveriam ter acesso".

- Avaliação independente -

Apesar das fortes críticas dos Estados Unidos à OMS e à China, os países esperam aprovar uma resolução, promovida pela União Europeia, que pede "acesso universal, rápido e igual a todos os meios (...) necessários para reagir contra a pandemia".

O texto também considerou que uma "vacina em grande escala contra a COVID-19, deve ser um bem público global".

Também requer o lançamento "o mais rápido possível[...]de um processo de avaliação" da resposta internacional em saúde e as medidas tomadas pela OMS contra a pandemia.

Se a resolução for adotada, "a OMS será o primeiro fórum mundial a concordar em unanimidade com um texto", disse uma fonte diplomática europeia.

Nesta segunda-feira, o diretor da OMS reiterou que a instituição "acionou o alarme rapidamente".

Ainda assim, disse que lançará "uma avaliação independente o mais rápido possível, no momento apropriado para revisar as experiências e lições aprendidas e fazer recomendações com o objetivo de melhorar a preparação nos níveis nacional e global".


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