A ONU alertou nesta quinta-feira que a diminuição do tráfego aéreo causada pelo novo coronavírus afeta a coleta de informações sobre fenômenos meteorológicos como os furacões.
Desde o início da pandemia, o número de medições realizadas por aeronaves comerciais diminuiu em média entre 75 e 80% e até 90% em algumas regiões do globo, como nos trópicos ou no hemisfério sul.
"Quando a temporada de furacões no Atlântico chegar, a pandemia da COVID-19 representará um desafio adicional", disse Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), citado em comunicado.
"Por isso, é essencial que os governos prestem atenção às suas capacidades nacionais de alerta precoce e observação meteorológica", destacou o chefe desta organização da ONU.
Os serviços e produtos meteorológicos que os países oferecem a seus cidadãos são baseados no Sistema de Observação Global da OMM.
Este sistema coleta informações graças a 30 satélites meteorológicos, 200 satélites de pesquisa, mais 10.000 estações meteorológicas de superfície, 1.000 estações aerológicas (em altitude) e 7.000 navios.
A eles se somam 3.000 aeronaves comerciais que medem os principais parâmetros da atmosfera, terras emergentes e a superfície dos oceanos.