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Estado de Minas COVID-19

Espanha e França revelam planos de ação para sair do confinamento

A Espanha que chegou a registrar 950 vítimas fatais em horas, agora chega a menos de 400 mortes diárias


postado em 29/04/2020 04:00

Em Madri, enquanto profissional de saúde desinfeta objetos, o garoto com máscara aproveita a possibilidade de voltar à rua(foto: Gabriel Bouys/AFP)
Em Madri, enquanto profissional de saúde desinfeta objetos, o garoto com máscara aproveita a possibilidade de voltar à rua (foto: Gabriel Bouys/AFP)


Espanha e França apresentaram ontem seus planos de ação para sair gradualmente do confinamento imposto pela pandemia, depois de uma queda no ritmo de vítimas de morte por dia do novo coronavírus, que já matou mais de 214 mil pessoas em todo planeta. Na Espanha, o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, anunciou os primeiros passos para começar a aliviar em meados de maio o rígido confinamento da população, em vigor desde 14 de março, e reativar a economia. Na França, onde o vírus já matou mais de 23 mil pessoas, a flexibilização das restrições começará a partir de 11 de maio.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou ontem o plano de reabertura gradual da economia para uma “nova normalidade”, que deve ser atingida no fim do mês de junho. “Ao fim de junho, estaremos com o país nessa nova normalidade, se a evolução da pandemia for controlada em cada um dos territórios”, afirmou. O planejamento deve durar entre seis e oito semanas e conterá uma série de obrigações, incluindo o uso de máscaras nos transportes públicos e a restrição da quantidade de pessoas em bares, centros de recreação e igrejas.

A partir de 2 de maio, as pessoas poderão voltar a desenvolver atividades esportivas a céu aberto e, dois dias depois, alguns pequenos comércios poderão reabrir e os restaurantes poderão atuar com o sistema de entrega. Também em 4 de maio serão autorizados que os atletas profissionais voltem aos treinamentos de maneira individual e, a partir do dia 11, os treinos coletivos – incluindo dos clubes de futebol – estarão liberados.

Conforme Sánchez, a reabertura será “assimétrica” entre as regiões e terá diferenças entre os territórios que tiverem mais ou menos casos. Ainda serão considerados os dados científicos de cada fase, podendo fazer com que a mudança de estágio de liberação seja alterada. O anúncio do primeiro-ministro vem um dia depois de o Ministério da Saúde anunciar que será feito um estudo com cerca de 90 mil pessoas para entender a dimensão da pandemia no território. A Espanha é o segundo país mais afetado em número de contaminações da COVID-19, com 232.128 infectados, e o terceiro em número de mortes, com 23.822.

NA FRANÇA
O primeiro-ministro da França, Edou- ard Philippe, anunciou ontem a reabertura de todas as lojas no país, exceto restaurantes e cafés, a partir de 11 de maio, assim como o uso obrigatório de máscaras nos transportes públicos. “Teremos que conviver com o vírus”, disse Philippe, durante um discurso no Parlamento, detalhando o plano de ação para sair, de forma gradual, do confinamento imposto aos 67 milhões de franceses há seis semanas, devido à pandemia da COVID-19.

O relaxamento do confinamento será realizado “progressivamente” para “evitar uma segunda onda de contágio”, acrescentou o premiê francês, depois de constatada uma queda há duas semanas no número de pacientes graves. O número de pessoas em terapia intensiva (4.608) caiu na segunda-feira pelo nono dia consecutivo, com 74 doentes a menos. Todos os estabelecimentos comerciais poderão abrir a partir de 11 de maio, salvo restaurantes e cafés, para os quais uma decisão será tomada no fim de maio. Os grandes museus do país, como o Louvre, cinemas, teatros e salas de concerto também permanecerão fechados até novo aviso.

“Receberemos cerca de 100 milhões de máscaras cirúrgicas por semana”, disse Philippe, após críticas severas à escassez crônica de máscaras no país desde o início da pandemia. “Teremos máscaras suficientes a partir de 11 de maio”, garantiu Philippe. Além disso, o governo planeja realizar 700 mil testes por semana para pessoas com sintomas de coronavírus e aquelas com quem eles estavam em contato. O objetivo “dessa política ambiciosa de testes é poder isolar aqueles que têm o vírus o mais rápido possível e, assim, quebrar a cadeia de transmissão”, disse o primeiro-ministro.

Esse isolamento será feito nas residências ou nos hotéis previstos, acrescentou Philippe. O primeiro-ministro também pediu aos franceses que continuem trabalhando em casa, sempre que possível, “pelo menos nas próximas três semanas”. Para aqueles que não puderem seguir essa orientação, ele pediu às empresas que façam um escalonamento no horário de trabalho para diminuir a presença simultânea de funcionários. Reuniões de mais de 10 pessoas, em locais públicos e privados, cerimônias religiosas e enterros com mais de 20 pessoas continuarão sendo proibidos após o início do desconfinamento.

As escolas também começarão a reabrir, muito progressivamente, a partir de 11 de maio, no caso da pré-escola e do ensino básico, e a partir do dia 18 no caso das universidades, conforme anúncio do primeiro-ministro. Em relação ao ensino superior, o uso de máscaras será “obrigatório”. Voltarão a funcionar apenas os departamentos menos atingidos pela COVID-19, disse Philippe aos deputados franceses, acrescentando que a decisão sobre o ensino médio será tomada “no fim de maio”. O coronavírus matou 23.660 pessoas na França desde o começo de março. Após 43 dias em quarentena, a pandemia parece diminuir seu trágico balanço, com 437 mortes em 24 horas na segunda-feira, contra 833, em 6 de abril.

SURFISTAS NAS PRAIAS

Como uma ilustração do fim do confinamento desejado por parte do planeta, os surfistas australianos retornaram à famosa Praia de Bondi, em Sydney. O “templo” do surfe foi aberto ao público ontem e dezenas de pessoas decidiram desafiar as ondas nas primeiras horas da manhã. A praia continua fechada, porém, para quem deseja apenas passear, ou tomar sol. Na vizinha Nova Zelândia, os habitantes celebraram o alívio das medidas de confinamento e voltaram a frequentar lojas, restaurantes e cafés, que reabriram as portas. (AFP e Ansa)



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