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Estado de Minas

Mundo tem recorde de 50 milhões de deslocados


postado em 28/04/2020 00:55

Ao menos 50 milhões de pessoas vivem no exílio em seu próprio país após fugirem da guerra ou de catástrofes, uma população particularmente vulnerável ao novo coronavírus, advertiu nesta terça-feira o Observatório de Situações de Deslocamento Interno (IDMC).

No total, 33,4 milhões de pessoas foram forçadas a abandonar seus lares em 2019, permanecendo em seu país, elevando o número total de deslocados (internos) ao recorde de 50,8 milhões, segundo o relatório anual do IDMC e do Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC).

Este número é muito superior aos 26 milhões de refugiados fora das fronteiras de seus países.

Os deslocados internos "são geralmente pessoas muito vulneráveis, que vivem em campos lotados, refúgios de emergência ou assentamentos informais, com pouca ou nenhuma assistência médica", assinalou a diretora do IDMC, Alexandra Bilak.

"A pandemia de coronavírus os torna ainda mais vulneráveis" porque "enfraquece suas já precárias condições de vida ao limitar ainda mais seu acesso aos serviços essenciais e à ajuda humanitária".

Durante o ano de 2019, o total de 24,9 milhões de pessoas foram obrigadas a fugir de seus lares devido a desastres naturais.

Entre eles, 4,5 milhões foram vítimas do ciclone Fani, que varreu Índia e Bangladesh, dos ciclones Idai e Kenneth, em Moçambique, e do furacão Dorian, nas Bahamas.

Dois milhões fugiram de fortes chuvas e inundações na África.

Muitos puderam retornar a seus lares e no final de 2019 o número de deslocados por desastres naturais pouco ultrapassava os cinco milhões.

Com a pandemia, explicou Bilak, se complica a evacuação de pessoas antes de um desastre meteorológico, porque reuní-las em abrigos aumenta o risco de contágio. "Será difícil encontrar um equilíbrio entre a ajuda humanitária e a luta contra a propagação da COVID-19".

Finalmente, no ano passado 8,5 milhões de pessoas se deslocaram internamente devido a conflitos armados em 61 países, entre eles Síria, República Democrática do Congo, Etiópia e Sudão do Sul, elevando o total a 45,7 milhões, incluindo 6,5 milhões na Síria, devastada por nove anos de guerra civil.


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