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Estado de Minas

'Parem de sonhar', diz Irã aos EUA sobre embargo de venda de armas


postado em 27/04/2020 13:49

O Irã disse ao governo americano, nesta segunda-feira (27), que pare de "sonhar", depois de relatos de um plano dos Estados Unidos para renovar o embargo internacional à venda de armas para o país.

De acordo com o jornal americano "The New York Times", o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, "está preparando um expediente legal, segundo o qual os Estados Unidos continuariam fazendo parte do acordo sobre o programa nuclear iraniano denunciado pelo presidente (Donald) Trump".

O jornal descreve "uma estratégia complexa para pressionar o Conselho de Segurança das Nações Unidas para prolongar o embargo à venda de armas a Teerã, sob pena de reimposição de sanções (internacionais) particularmente rigorosas".

"Há dois anos, (Pompeo) e seu chefe declararam 'o fim da participação dos Estados Unidos' (no acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano assinado em Viena em 2015), sonhando que, com sua 'pressão máxima', o Irã ficaria de joelhos", reagiu o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, nesta segunda.

"À luz do infame fracasso dessa política, ele agora quer (novamente) fazer parte do acordo", escreveu Zarif, acrescentando: "Parem de sonhar".

Na semana passada, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, acusou o Irã de violar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que impede Teerã de realizar atividades com foguetes com capacidade nuclear.

Neste sábado, Pompeo voltou à carga e pediu à ONU a prorrogação do embargo às armas convencionais que pesa sobre o Irã. O embargo está previsto para terminar em outubro. Segundo o secretário americano, Teerã "deve prestar contas".

Foi em maio de 2018 que Trump denunciou unilateralmente o Acordo de Viena e restabeleceu as sanções econômicas contra o Irã. Este pacto oferece a Teerã uma flexibilização das sanções internacionais que asfixiavam sua economia e, em troca, o país deve provar que não busca desenvolver armas nucleares.

A reimposição de sanções extraterritoriais dos EUA fez Teerã perder todos os benefícios que esperava do acordo, o que marginalizou o país, mais uma vez, do sistema financeiro internacional. Em resposta, o Irã vem reduzindo gradualmente a maioria dos compromissos assumidos em Viena.

- 'Uma webcam' -

Também na semana passada, o Irã colocou um satélite militar em órbita. Em declarações ontem, o chefe do Comando Espacial do Pentágono, general Jay Raymond, minimizou sua importância e disse que não representa uma ameaça para os Estados Unidos.

"O Irã afirma que tem capacidade de capturar imagens", tuitou o general Raymond, no domingo, mas, segundo o militar, é improvável que o satélite forneça informações.

O general descreveu o dispositivo como uma "webcam no espaço" e, no tuíte, adicionou a hashtag "#spaceishard" (#espaçoéduro).

Apelidado de Nour, o satélite da República Islâmica foi lançado em órbita em 22 de abril, em meio a crescentes tensões entre o Irã e os Estados Unidos.

Ainda conforme o general Raymond, é composto pela união de três volumes de até 1,3 quilo cada.

Apesar de minimizar o feito, o governo dos Estados Unidos alertou que essa conquista representa um avanço significativo na capacidade dos mísseis iranianos e, portanto, uma ameaça maior às forças americanas e a seus aliados no Oriente Médio.


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