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Estado de Minas

Coalizão liderada pela Arábia Saudita rejeita autonomia de separatistas no sul do Iêmen


postado em 27/04/2020 06:55

A coalizão militar liderada pela Arábia Saudita rejeitou nesta segunda-feira (27) a declaração de autonomia dos separatistas do sul do Iêmen e exigiu o fim das medidas que representem uma "escalada" do devastador conflito neste país.

A decisão dos separatistas do sul do Iêmen agrava o conflito entre a coalizão liderada pela Arábia Saudita e o governo internacionalmente reconhecido, contra rebeldes huthis que controlam parte importante do norte do Iêmen.

No domingo, em ruptura a um delicado acordo de paz assinado em Riad em 5 de novembro, forças separatistas no sul do Iêmen declararam sua autonomia e afirmaram que um autogoverno entraria em vigor nesta segunda-feira.

A atividade dos separatistas do Conselho de Transição do Sul (STC, na sigla em inglês) era considerada uma "guerra civil dentro da guerra civil". Em agosto do ano passado, as forças separatistas tomaram o controle da cidade de Aden, a segunda mais importante do país.

A coalizão militar destacou que "depois do surpreendente anúncio de um estado de emergência por parte do Conselho de Transição do Sul, enfatizamos novamente a necessidade de implementar rapidamente o Acordo de Riad".

"Reforçamos a necessidade de restabelecer as condições ao estado precedente na capital interina de Aden", afirmou a coalizão, de acordo com a conta no Twitter da agência oficial saudita.

"A coalizão tomou e continuará tomando medidas práticas e sistemáticas para implementar o Acordo de Riad entre as partes, para unir as fileiras iemenitas, restaurar a instituição estatal e combater o flagelo do terrorismo", completa a nota.

O governo dos Emirados Árabes Unidos, que é um importante membro da coalizão e ao mesmo tempo um tradicional apoio dos separatistas, também criticou a declaração de autonomia e expressou confiança na Arábia Saudita.

Hussam Radman, do Centro de Estudos Estratégicos em Sanaa, afirmou que os separatistas já controlavam o exército e a segurança em Aden, onde desfrutam de apoio popular.

"Mas com esta declaração, eles serão responsáveis pela parte administrativa na capital provisória, que registrou uma deterioração sem precedentes recentemente na qualidade dos serviços e em seu desempenho econômico", disse à AFP.

O STC acusou o governo central iemenita de não cumprir com seus deveres e de "conspirar" contra a causa do Sul.

O governo do Iêmen rapidamente condenou a proclamação. Os separatistas, que buscavam há algum tempo a independência no sul, serão responsáveis pelo resultado "catastrófico e perigoso" desta decisão, advertiu.

Em consequência da pandemia do novo coronavírus, a coalizão militar declarou cessar-fogo unilateral, que foi rejeitado pelos rebeldes huthis.

Apesar da trégua - rejeitada pelos huthis -, os combates continuam em um país que registra o mais grave desastre humanitário do mundo, de acordo com a ONU.

O Acordo de Riad foi celebrado pela comunidade internacional como uma medida para acabar com a crise humanitária no Iêmen, mas sem a implementação vários analistas apontam que na prática está extinto.


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