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Estado de Minas

Comércio começa a reabrir na Geórgia, apesar do coronavírus


postado em 24/04/2020 18:51

Parte do comércio reabriu nesta sexta-feira (24) no sul dos Estados Unidos, no estado da Geórgia, apesar da pandemia de coronavírus ter deixado até o momento mais de 50.000 mortos no país.

A oposição ao governador republicano Brian Kemp e ao presidente Donald Trump, que pretendem reativar a economia, considera essa decisão muito precoce.

Kemp, grande partidário do presidente, decidiu reabrir os estádios, os boliches, os estúdios de tatuagem, salões de beleza e de cuidado estético.

Deverão respeitas "regras básicas" como a distância mínima entre pessoas e a limitação do número de clientes em suas lojas.

Cinemas e restaurantes abrirão parcialmente na próxima segunda, como parte de um plano de reabertura que durará várias semanas.

Os bares e boates continuarão fechados no momento. O decreto de confinamento terminará em 1º de maio no estado.

Kemp, que diz contar com o apoio das autoridades locais, disse na última quinta-feira que os comércios darão "prioridade à saúde e ao bem-estar dos empregados e clientes".

Em um pequeno centro comercial de Atlanta, a capital do estado, Chris Edwards abriu sua barbearia às 07H00.

"Sim, estou feliz", disse à AFP com seu rosto coberto por uma máscara após cortar a barba de um cliente que não usava máscara.

"Sou um pequeno comerciante. Se não corto cabelo eu não ganho dinheiro", explicou. Ele garante que segue todo o protocolo de segurança.

O seu cliente, um médico que pede para não ser identificado, estima que "é provavelmente mais perigoso ir ao supermercado que ao cabeleireiro".

Mais distante, um estúdio de tatuagens está aberto, mas trabalha somente com marcação prévia.

"Esperávamos de forma impaciente para reabrir, mas queremos ser responsáveis", explicou o seu proprietário, Rob Flat.

Com mais de 21.800 casos positivos de coronavírus e 880 mortos na Geórgia, muitos discordam da decisão de Kemp, que consideram "irresponsável" e perigosa.

- "Inaceitável" -

"Alguns querem sacrificar vidas em nome da economia e é inaceitável", disse na última sexta à emissora ABC a prefeita de Atlanta, Keisha Lance Bottoms, que é democrata.

"Não há nada de essencial no boliche ou fazer as unhas em meio a uma pandemia", afirmou.

"Os números não diminuem. Milhares e milhares de pessoas são testadas como positivas" e "nossa taxa de mortalidade continua aumentando", ressaltou.

O novo coronavírus já deixou mais de 50.000 mortos nos EUA até o momento, além de provocar uma grave crise econômica que deixou 26 milhões de americanos desempregados.

Segundo a Casa Branca, 16 estados já apresentaram planos para a saída da crise. Texas e Vermont autorizou uma volta parcial das atividades, e a Carolina do Sul e a Flórida reabriram parte das suas praias.

Mas em Nova York, epicentro da pandemia no país, não baixou a guarda.

"Sei que todos estão impacientes", disse nesta sexta o governador Andrew Cuomo. Mas se o comércio abrir muito rápido, "o que vai acontecer é: todo o esforço alcançado desaparecerá", alertou, e disse temer uma "segunda onda" de contágios.


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