Jornal Estado de Minas

EUA critica China e ONU no Dia da Terra

O governo dos Estados Unidos, criticado por ambientalistas por ter abandonado o acordo climático de Paris, comemorou nesta quarta-feira (22) o Dia da Terra, condenando o histórico da China no aquecimento global e, de quebra, a ONU.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, voltou a apontar o dedo para Pequim durante uma coletiva em Washington, na qual também apresentou os Estados Unidos como o "líder mundial na redução de todas as emissões" de gases de efeito estufa.



Pompeo evocou a mensagem do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que pediu, por ocasião do Dia da Terra, para transformar a recuperação depois da pandemia do novo coronavírus em "uma oportunidade autêntica para fazer as coisas bem feitas para o futuro" do planeta.

"Quero lembrar a todos que a forma correta de garantir um futuro mais verde, limpo e brilhante no mundo é assegurar a inovação privada, o livre mercado e a livre concorrência", respondeu Pompeo.

Ele acrescentou que a "China, por outro lado, é o maior emissor anual desde 2006 e suas emissões continuarão aumentando até por volta de 2030, e portanto neutralizarão o progresso de outros países do mundo".

Washington, que mantém uma guerra comercial com Pequim, acusa a China de ter ocultado a gravidade da pandemia do novo coronavírus, que emergiu em dezembro no gigante asiático, em "cumplicidade" com a Organização Mundial da Saúde (OMS), agência sanitária das Nações Unidas, à qual os Estados Unidos retiraram sua contribuição financeira.