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Estado de Minas

Preços do petróleo continuam em queda e Opep menciona situação dramática


postado em 22/04/2020 09:43

As cotações do petróleo voltaram a operar em queda nesta quarta-feira (22), após duas sessões em que o WTI americano registrou preços negativos, em um mercado em situação "dramática", segundo a Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo).

Às 6h30 (horário de Brasília), o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em junho recuava 4,76% em Londres, a 18,41 dólares, após registrar cotação de US$ 15,98 algumas horas antes, o menor nível desde junho de 1999.

Em Nova York, o barril de WTI para entrega em junho, em seu primeiro dia como contrato de referência após o vencimento na terça-feira do contrato de maio, era vendido a 11,02 dólares, ou seja, 4,75% a menos.

"O descalabro dos mercados petroleiros continuou durante a noite, com uma nova queda importante do Brent", afirmou Michael Hewson, analista da CMC Markets.

"A distância entre o barril americano e o Brent começou a diminuir", disse Naeem Aslam, mas a probabilidade de que o produto de referência europeu fique abaixo de zero é muito pequena", destacou.

O preço do barril WTI para entrega em maio caiu ao nível negativo na segunda-feira (20), o que obrigou os investidores a pagarem aos compradores para que fizessem o petróleo circular no mercado.

"O pânico se propaga entre os investidores, mas também dentro da Opep+", destacou Eugen Weinberg, do Commerzbank, referindo-se à organização e aos países associados que não são membros do cartel.

Ontem, a Arábia Saudita, líder do cartel, informou nesta que acompanha "de perto" os mercados petroleiros e que está disposta a adotar qualquer medida adicional, após a queda dos preços.

Também na terça-feira (21), vários países da Opep+ discutiram, em uma videoconferência, a "situação dramática" do mercado de petróleo, cujos preços estão em colapso em consequência da pandemia de COVID-19.

O petróleo foi duramente afetado pela queda do consumo por causa das medidas que reduziram a mobilidade em todo mundo, como forma de combater o novo coronavírus. Sua produção se manteve, porém, em um mercado que antes mesmo da crise já estava sobrecarregado.

Na conferência "informal" da Opep+, os participantes "reiteraram o compromisso para ajustar a produção de petróleo", segundo os termos do acordo anunciado em 12 de abril. O pacto impõe uma redução de 9,7 milhões de barris por dia (mbd) a partir de maio, destacou a Opep no Twitter.

Weinberg considera, porém, que os cortes em larga escala "atualmente não são suficientes para compensar a queda da demanda e estabilizar o mercado petroleiro".


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