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Estado de Minas

Páscoa ortodoxa sem fiéis em plena pandemia


postado em 19/04/2020 13:31

Mais de 260 milhões de cristãos ortodoxos celebraram neste domingo (19) a Páscoa em condições excepcionais, pois as autoridades pediram às pessoas que permanecessem em suas casas - mas em algumas regiões as igrejas abriram normalmente.

Em um discurso, o patriarca russo Kirill destacou "a terrível doença que afeta o nosso povo". A igreja está vazia, mas "estamos juntos, uma grande família de fiéis ortodoxos", disse Kirill.

O presidente russo, Vladimir Putin, não compareceu a uma missa, mas visitou a capela em sua residência na região de Moscou.

"Este ano as celebrações acontecem com restrições forçadas", lamentou em uma mensagem de vídeo.

Os ortodoxos, que representam o terceiro braço mais importante do cristianismo em número de fiéis, celebram a ressurreição de Cristo uma semana depois dos católicos e protestantes, que têm outro calendário.

No domingo passado, as celebrações da Páscoa provocaram cenas inéditas, com locais de culto desertos, como a praça de São Pedro do Vaticano.

Este foi mais um dos contratempos históricos provocados pelo novo coronavírus, que já matou mais de 160.000 pessoas em todo o mundo e obrigou metade da humanidade a permanecer em confinamento.

Durante sua missa neste domingo, o papa Francisco enviou uma mensagem às comunidades orientais católicas, que celebraram a Páscoa com os ortodoxos.

Para impedir a propagação da pandemia, Kirill, líder do Patriarcado de Moscou, que afirma ser o o que tem mais fiéis no mundo (150 milhões), recomendou que as cerimônias fossem acompanhadas de casa.

A Rússia registra quase 37.000 casos do coronavírus e mais de 300 mortes.

O Patriarcado ecumênico de Constantinopla, na Turquia, também anunciou missas fechadas ao público, mas com transmissão pela internet.

O mesmo acontece no Chipre e na Grécia, na Sérvia, Macedônia do Norte e Egito, onde há mais de 10 milhões de coptas ortodoxos.

Na Geórgia, no entanto, centenas de pessoas compareceram às celebrações, apesar do toque de recolher imposto para frear a propagação do coronavírus.

A Cidade Antiga de Jerusalém, geralmente lotada na Páscoa, estava praticamente deserta no fim de semana em consequência das medidas de confinamento ordenadas por Israel.

Em outros países, no entanto, várias igrejas rejeitaram as medidas de confinamento e celebraram uma das datas mais importantes do calendário ortodoxo de maneira normal.

Na Bulgária, as igrejas permaneceram abertas, mas os fiéis deveriam comparecer aos templos de máscara, além de manter uma distância de segurança.

Na Ucrânia, o presidente Volodimir Zelenski pediu às pessoas que permaneçam em casa, mas a Igreja ortodoxa, vinculada ao Patriarcado de Moscou - uma das três principais do país -, estimulou os fiéis a sair de suas residências.

E isto apesar da igreja ter sido diretamente afetada pela pandemia. Um mosteiro ortodoxo do centro de Kiev se tornou um foco da doença, com quase 100 casos e três monges morto.

Em Belarus acontece o contrário. O metropolita Pavel recomendou aos fiéis que ficassem confinados, mas o presidente do país, Alexander Lukashenko, que minimiza a gravidade da epidemia, visitou uma capela.


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