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Estado de Minas

Venezuela rejeita transferência de seus fundos decidida por EUA e oposição


postado em 17/04/2020 15:55

A Venezuela rejeitou nesta sexta-feira a transferência ao Federal Reserve (Fed) de Nova York de 342 milhões de dólares que seu banco central tem depositados em uma instituição privada dos Estados Unidos.

É uma "espoliação vulgar" do Departamento do Tesouro americano, "em cumplicidade" com a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, denunciou o chanceler Jorge Arreaza no Twitter, repercutindo um comunicado do Banco Central da Venezuela (BCV), que rejeitou ontem à noite esta transferência do saldo de uma conta sua no Citibank para outra, também em seu nome, no Fed de Nova York.

Embora nem a instituição bancária, nem o Legislativo, tenham divulgado o montante, o parlamentar opositor Ángel Alvarado confirmou à AFP que se trata de 342 milhões de dólares.

A operação foi autorizada na quarta-feira pelo Parlamento, cuja legitimidade é desconhecida pelo governo do presidente Nicolás Maduro. A transferência foi disposta para "proteger ainda mais estes recursos", explicou Alvarado.

Para fazer uso deste fundo, é necessária uma autorização do Congresso, presidido pelo líder opositor, Juan Guaidó, reconhecido como presidente encarregado da Venezula por meia centena de países, liderados pelos Estados Unidos.

Guaidó nomeou conselhos administrativos do Banco Central e da estatal petroleira PDVSA, que são desconhecidos pela Justiça venezuelana, de linha governista.

Em julho de 2019, o Parlamento autorizou o uso de 3,5 milhões de dólares de contas sob o controle de Guaidó para a defesa legal do Estado no exterior, administrados por um "Fundo Especial de Litígio". Os Estados Unidos, seu maior aliado, entregaram-lhe o controle da Citgo, filial da PDVSA naquele país e maior possessão da Venezuela no exterior, e congelaram, em agosto passado, os ativos do governo venezuelano em território americano.

Mergulhada na pior crise econômica de sua história moderna, a Venezuela, país petroleiro, enfrenta vários processos em tribunais internacionais derivados de não-cumprimentos no pagamento de sua dívida externa, estimada em 140 bilhões de dólares.


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