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Estado de Minas COVID-19

EUA investigam se coronavírus saiu de laboratório em Wuhan

Donald Trump se recusou a dizer se tratou do tema com o presidente da China, Xi Jinping. Na França, Emmanuel também levanta suspeitas sobre o país


postado em 17/04/2020 04:00

Os animais exóticos comercializados no mercado de Baishazhou, em Wuhan, na China, seriam a origem do coronavírus(foto: Hector Retamal/AFP)
Os animais exóticos comercializados no mercado de Baishazhou, em Wuhan, na China, seriam a origem do coronavírus (foto: Hector Retamal/AFP)


O governo dos Estados Unidos não parece excluir a hipótese de que o coronavírus, que originou uma pandemia com mais de 141 mil mortos no mundo, possa ter vindo de um laboratório na cidade chinesa de Wuhan, e pediu uma “investigação” para saber sobre sua origem. Na França, Emmanuel Macron disse crer que na China “ocorreram coisas que desconhecemos” sobre o coronavírus.

“Estamos conduzindo uma investigação exaustiva sobre tudo o que podemos saber sobre como o vírus se propagou, contaminou o mundo e causou essa tragédia”, declarou o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo. Ele foi questionado, na quarta-feira, sobre um artigo do Washington Post que alegava que a embaixada dos EUA em Pequim alertou o Departamento de Estado há dois anos sobre medidas de segurança insuficientes em um laboratório de Wuhan, que estudava o coronavírus nos morcegos.

Também foi questionado sobre informações da Fox News, segundo as quais “várias fontes” pensam que o atual coronavírus, detectado pela primeira vez justamente em Wuhan, em dezembro, saiu desse laboratório – embora fosse um vírus natural e não um patógeno criado pelos chineses. Segundo elas, a “fuga” do vírus teria sido possível devido a protocolos de segurança ruins. Pompeo não negou nenhuma dessas informações.

TRUMP

Também questionado na quarta-feira durante sua coletiva de imprensa diária sobre a crise de saúde, o presidente Donald Trump se mostrou evasivo. “Posso dizer que cada vez mais estamos conhecendo um pouco mais desta história. Vamos ver”, respondeu Trump, afirmando que essa “situação horrível” deve ser objeto de um “teste muito profundo”. Mas se negou a dizer se abordou o assunto do laboratório com seu colega chinês, Xi Jinping.

De acordo com especialistas, até agora, o novo coronavírus apareceu no fim de 2019 em um mercado de Wuhan, onde animais exóticos, como morcegos, são vendidos vivos. O vírus de origem animal poderia ter mutado e sido transmitido ao ser humano. A tese divulgada pela Fox News, no entanto, é um pouco diferente. Sem confirmá-la, o secretário de Estado disse: “O que sabemos é que este vírus nasceu em Wuhan, China”. “O que sabemos é que o Instituto de virologia de Wuhan está a alguns poucos quilômetros do mercado”, insistiu.

INOCÊNCIA

O presidente francês, Emmanuel Macron, avaliou ontem que há aspectos desconhecidos na gestão por parte da China da pandemia do novo coronavírus. “Não tenhamos essa espécie de inocência que consiste em dizer que foi muito mais forte”, afirmou, em alusão à forma como a China gerenciou a situação. “Não sabemos e claramente aconteceram coisas que desconhecemos”, afirmou Macron em entrevista ao jornal britânico Financial Times.

O presidente francês se soma, assim, às exigências de Washington e Londres, que exigem explicações ao governo de Pequim sobre a origem e o desenvolvimento da pandemia. “Temos que examinar todos os aspectos e de uma forma equilibrada, mas não há dúvida de que tudo não pode continuar como se não tivesse acontecido nada e teremos que fazer perguntas difíceis sobre o aparecimento do vírus e sobre porque não pôde ser detido antes”, declarou o ministro britânico das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab.


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