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Estado de Minas

Moradores de destinos populares no México bloqueiam a entrada de turistas devido à COVID-19


postado em 15/04/2020 11:19

Das praias virgens da costa de Guerrero a lugares de geografia incomum em Oaxaca, esplêndidos destinos turísticos no México foram fechados aos visitantes por seus moradores, com medo de que os turistas levassem a COVID-19.

A pandemia, que no México já conta com mais de 5.300 pessoas infectadas e mais de 400 mortes, assusta os habitantes de muitas comunidades. Algumas delas foram incluídas pelas autoridades na lista de "cidades mágicas" para impulsionar o turismo, mas, além de seus atrativos, convivem com um precário sistema de saúde.

"Faremos voltar todos os turistas de onde vierem, nas barreiras, para evitar a contaminação [do vírus] contra nossos cidadãos", afirmou Crisanto Moreno, comandante da União de Povos e Organizações do Estado de Guerrero (UPOEG), uma polícia comunitária.

A UPOEG, que conta com a permissão do governo mexicano, colocou postos de controle em pontos da rodovia federal que levam a cinco municípios turísticos da chamada Costa Chica do estado, no Pacífico.

Apesar de já estar estagnada antes da pandemia, as restrições representam um grande sacrifício para a economia mexicana, na qual o turismo representou 8,7% do PIB em 2019, com 45 milhões de visitas e renda de 24,563 bilhões de dólares, segundo o governo.

Se alguém burlar as barreiras, a guarda aplicará multas de acordo com seus usos e costumes, desde a retenção do veículo até a imposição de tarefas de serviço comunitário, como varrer as ruas, ou recolher o lixo.

- "Fechamento de fronteiras" -

Também ao sul, em Oaxaca, um dos estados mais turísticos, devido a seu enorme patrimônio cultural e natural, cerca de 70 cidades mantêm a passagem bloqueada por medo do novo coronavírus.

O "fechamento de fronteiras, ou o bloqueio de pessoas estrangeiras" no local, inclui destinos do interior e de praia, explicou Bernardo Rodríguez Alamilla, defensor do povo de Oaxaca.

As medidas drásticas podem gerar conflitos, porém.

Rodríguez disse que está tentando dissuadir os municípios do "fechamento de fronteiras", já que alguns concentram os poucos serviços médicos disponíveis para as comunidades vizinhas.

"O direito à alimentação e à livre-circulação de pessoas de outras comunidades pode ser colocado em risco", enfatizou.

Os municípios não podem bloquear legalmente os acessos, nem impor restrições de trânsito, mas as autoridades estatais cederam nesse ponto para evitar conflitos com os moradores, ao mesmo tempo em que enviaram soldados da Guarda Nacional para supervisionar sua implementação.


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