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Estado de Minas COVID-19

EUA supera os 400 mil infectados pelo novo coronavírus

Os Estados Unidos superaram ontem a marca de 400 mil casos confirmados do novo coronavírus, de acordo com contagem da Universidade Johns Hopkins


postado em 09/04/2020 04:00

Em Nova York, cidade mais afetada pelo coronavírus nos EUA, pessoas vão às compras e não obedecem o distanciamento recomendado(foto: David Dee Delgado/AFP)
Em Nova York, cidade mais afetada pelo coronavírus nos EUA, pessoas vão às compras e não obedecem o distanciamento recomendado (foto: David Dee Delgado/AFP)


Os Estados Unidos superaram ontem a marca de 400 mil casos confirmados do novo coronavírus, sendo que desse total 150 mil estão no estado de Nona York, de acordo com contagem da Universidade Johns Hopkins. A pandemia também deixou quase 14 mil mortos no país, sendo a maior parte na cidade de Nova York.

Em quantidade de casos, os Estados Unidos são o país mais afetado no mundo, com 404.352 infecções oficialmente diagnosticadas, entre elas 13.829 mortes e 22.717 recuperados. O número de mortos nos EUA é próximo ao da Itália, o país mais afetado até agora, com cerca de 17 mil óbitos, seguido pela Espanha, com 14.500 mortes.

LATINOS

A maioria dos mortos pelo novo coronavírus na cidade de Nova York, a mais afetada pela pandemia nos Estados Unidos, são latinos, informou ontem o prefeito Bill de Blasio. Um relatório preliminar aponta que 34% dos 3.602 mortos pela COVID-19 até ontem são hispânicos, que constituem 29% da população da maior cidade americana, de 8,6 milhões de habitantes. "É uma disparidade flagrante", assinalou o prefeito, em entrevista coletiva.

De Blasio citou como um dos principais motivos o idioma, e anunciou uma nova campanha de informação sobre o coronavírus em 14 línguas. "O que aconteceu no último par de anos levou muitos imigrantes, principalmente os sem documentos, a se afastarem dos locais onde normalmente buscariam apoio ou atendimento médico", comentou, referindo-se à política anti-imigração do governo Trump.

Um terço dos hispânicos que vivem em Nova York, cerca de 1 milhão de pessoas, são imigrantes sem documentos ou seguro médico, segundo estimativas do governo municipal. Muitos deles não podem cumprir quarentena e são obrigados a trabalhar como entregadores, faxineiros ou babás para alimentar suas famílias. Vários deixam de buscar atendimento médico por medo de serem deportados.

A maioria das mortes em Nova York ocorreu nos distritos do Queens e Bronx, de maioria imigrante. Na mesma entrevista coletiva de De Blasio, a médica e comissária de Saúde de Nova York, Oxiris Barbot, porto-riquenha, reforçou que a disparidade obedece à baixa remuneração da comunidade hispânica, que a obriga a continuar trabalhando.

Assim como acontece em outras cidades do país, como Chicago, o novo coronavírus também afeta os afro-americanos de forma desproporcional em Nova York, com 28% das mortes, quando eles representam 22% da população. Cerca de 27% das mortes pela COVID-19 em Nova York envolveram pessoas brancas (32% da população) e 7%, asiáticas (14% da população).

NO MUNDO

O novo coronavírus já deixou ao menos 86.289 mortos no mundo desde que apareceu em dezembro. Desde o começo da epidemia, foram mais de 1.469.920 casos de contágio em 192 países ou territórios. As autoridades consideram que até agora, ao menos 280.300 pessoas se curaram da doença. Desde a véspera, foram registradas 6.221 novas mortes e 72.738 contágios no mundo. Ontem, em 24 horas, os países com maior número de mortos foram os Estados Unidos, com 1.808 novos mortos, Reino Unido (com 938) e Espanha (com 757). A quantidade de mortos na Itália subiu para 17.669. O país registrou 139.422 contágios.


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