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Estado de Minas COVID-19

Milhares vão a estação de trem de Wuhan após fim do confinamento

As pessoas que estavam em Wuhan em 23 de janeiro ficaram presas, quando as autoridades anunciaram que ninguém poderia sair da cidade até nova ordem


postado em 08/04/2020 04:00

Usando máscaras, populares lotaram a estação Wuchang Railway, em Wuhan, que pôs fim às restrições(foto: Noel Celis/AFP)
Usando máscaras, populares lotaram a estação Wuchang Railway, em Wuhan, que pôs fim às restrições (foto: Noel Celis/AFP)


Milhares de pessoas correram na noite de ontem para a estação ferroviária de Wuhan, depois que autoridades levantaram a proibição de deixar a cidade onde surgiu a pandemia do novo coronavírus, no fim de dezembro. À 0h de quarta-feira (16h GMT de terça), foram suspensas as restrições impostas há mais de dois meses que impediam a saída de 11 milhões de habitantes da ci- dade, um passo fundamental para o fim da crise de saúde na China.

"Wuhan perdeu muito nesta epidemia e a população pagou um preço muito alto", disse Yao, de 21 anos, que retornava a Xangai para trabalhar em um restaurante. "Agora que o confinamento foi levantado, acredito que estamos todos muito felizes". O governo espera que cerca de 55 mil pessoas deixem a cidade hoje. O novo coronavírus converteu Wuhan na primeira cidade do mundo a ser submetida a um confinamento draconiano, que afeta, agora, cerca da metade da população mundial.

HERÓIS

Meios de comunicação chineses comemoraram a suspensão da proibição de viajar com manchetes que estampavam: "Wuhan, faz tempo que não te vemos". Hubei e a capital provincial, Wuhan, foram as mais afetadas pela pandemia. Agentes lembravam os passageiros das medidas de higiene e da necessidade de manter um distanciamento de um metro, enquanto alto-falantes transmitiam mensagens chamando Wuhan de "cidade de heróis".

O novo coronavírus apareceu na cidade no fim de 2019. Muitos dos casos pareciam vinculados a um mercado de mariscos que vendia animais silvestres. Ontem, pela primeira vez, a China informou que não houve mortes relacionadas à COVID-19. Mas autoridades temem uma nova onda de contágios, a partir de pessoas procedentes do exterior.

Os moradores de Hubei permaneceram confinados até cerca de duas semanas atrás, quando as restrições começaram a ser suavizadas, o que permitiu a retomada das viagens para outras partes da China. Mas autoridades esperaram até hoje para permitir a saída dos viajantes presos em Wuhan, apesar do temor, no restante do país, de que eles possam ser vetores do novo coronavírus.

e mais...

Bebês testam positivo na Romênia

Dez recém-nascidos deram positivo para a COVID-19 em uma maternidade em Timisoara, no Oeste da Romênia, depois de ser contaminados por pessoal sanitário, o que levou o Ministério da Saúde a abrir uma investigação. "As mães são negativas, os bebês são positivos", declarou o ministro da Saúde, Nelu Tataru, ressaltando que os bebês estiveram "em contato com o pessoal médico". Os recém-nascidos gozam de boa saúde e não apresentam sintomas. Nove deles e suas mães deixaram a maternidade e estão isolados em casa. O ministro disse que, nos próximos dias, todos farão um novo teste de detecção do vírus. Segundo ele, o episódio apontou "as falhas na atividade, tanto dos responsáveis da maternidade quanto da direção da saúde pública local". A Romênia registrou pouco mais de 4 mil casos de coronavírus e 176 mortes.

Fraude na Alemanha

A Justiça alemã revelou uma grande fraude sobre um frustrado fornecimento de 10 milhões de máscaras de proteção no valor de 15 milhões de euros ao estado regional da Renânia do Norte-Westfalia, anunciou ontem a Justiça de Traunstein. Duas empresas de distribuição, baseadas uma em Hamburgo e a outra na cidade suíça de Zurique, deviam entregar as máscaras às autoridades da região mais populosa da Alemanha neste momento de pandemia do novo coronavírus, no qual os equipamentos de proteção têm grande demanda mundial. Mas as duas empresas foram vítimas de fraude. Fizeram a transferência bancária de 2 milhões de euros antecipadamente para a conta de uma empresa que deveria entregá-las. Mas as máscaras nunca chegaram ao seu destino. O estado regional da Renânia do Norte-Wesfalia, que já tinha pago 14,7 milhões de euros às duas distribuidoras, recuperou seu dinheiro quando a fraude foi descoberta.

(foto: Johan Nilsson/AFP)
(foto: Johan Nilsson/AFP)

Suecos dizem não ao isolamento

Mais de 100 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus morreram ontem na Suécia, em 24 horas. Desde o início da COVID-19, este país de 10,3 milhões de habitantes optou por adotar medidas mais flexíveis para conter a progressão do vírus. Agora, registra 7.693 casos de infecção e 591 mortos, uma mortalidade bem mais alta do que a observada nos vizinhos nórdicos. Uma parte das 114 novas mortes contabilizadas ontem provém de números revistos nos últimos dias. No reino escandinavo, a população não está confinada como em outros países europeus para conter a epidemia. O governo pediu à população que "assuma responsabilidades" individuais e que siga as recomendações das autoridades sanitárias. Entre as medidas mais rígidas adotadas até agora estão a proibição de concentrações de mais de 50 pessoas e as visitas a lares para idosos. A maneira como a Suécia está administrando esta crise sanitária vem gerando críticas no plano interno e em nível internacional. O governo rejeita, porém, as acusações de passividade.

Abandono de animais

Centenas de gatos, cachorros e coelhos se tornaram vítimas indiretas do novo coronavírus no Paquistão, após ser abandonados e trancados em condições miseráveis e sem comida devido ao confinamento das cidades. Duas semanas depois do fechamento do Empress Market (mercado da imperatriz), em Karachi (Sul), um labirinto de recantos sombrios e úmidos, Ayesha Chundrigar ainda podia ouvir os gritos dos animais do lado de fora deste edifício colonial do século 19. Cerca de mil animais domésticos foram abandonados neste local. "Quando entramos, por volta de 70% deles haviam morrido. Seus corpos estavam no chão", conta a fundadora de uma ONG em defesa dos animais. "Foi horrível", lembra.


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