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Estado de Minas

Imprensa dos EUA pede apoio do governo diante da crise agravada pela COVID-19


postado em 02/04/2020 11:37

A já debilitada indústria da imprensa americana está sofrendo totalmente com os efeitos da pandemia e pressiona por ajuda do governo, enquanto se esforça para continuar cobrindo a crise do coronavírus.

Os meios de comunicação começaram a demitir funcionários e cortar salários, apesar de os leitores se voltarem cada vez mais a eles para obter informação confiável sobre o surto de coronavírus.

Inúmeras empresas americanas do setor enfrentam "uma crise existencial", com o quase colapso da renda por publicidade, segundo uma carta que dois grupos da indústria enviaram ao presidente Donald Trump e a líderes do Congresso.

A mensagem, da News Media Alliance e da America's Newspapers, que representam centenas de meios de comunicação, pede "uma discussão sobre as ações que o governo federal pode adotar para colaborar na manutenção do ecossistema informativo".

"Embora muitos editores tenham visto um aumento no tráfego online e nas assinaturas digitais, essa renda de forma alguma compensa as grandes perdas de publicidade", afirmou David Chavern, do News Media Alliance.

Ken Doctor, um analista de mídia e consultor, destacou a ironia da situação atual, na qual o público precisa de mais informações do que nunca.

Apesar de alguns jornais registrarem picos de leitura em suas versões digitais, a publicidade foi afetada pela queda nas condições comerciais e pela relutância dos vendedores em colocar anúncios junto às notícias da crise, considerou.

Para Doctor, os meios que dependem mais da renda por assinaturas, como o The New York Times e Wall Street Journal, podem enfrentar melhor a crise.

- Um alívio no caminho? -

Os resgates chegam em conta-gotas.

Facebook disse estar disposto a investir 100 milhões de dólares para ajudar a mídia a enfrentar a crise, inclusive com subsídios de "emergência".

A National Geographic Society, por sua vez, lançou um fundo de emergência para jornalistas de todo o mundo que cobrem a emergência da COVID-19 em suas próprias comunidades, com doações entre mil e 8.000 dólares.

A questão da ajuda do governo federal é politicamente incômoda para os meios de comunicação, e surge em um cenário de contínuos ataques do presidente Donald Trump contra a imprensa.

O professor de política pública da Universidade de Duke, Philip Napoli, afirmou que a crise pode ajudar o público a refletir sobre a importância dos meios de comunicação.

"O preço que pagamos pelas notícias e o preço que os anunciantes pagam para alcançar os consumidores de notícias não reflete o valor econômico destas", apontou.


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