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Estado de Minas COVID-19

Premier da Itália firma decreto e prorroga isolamento social até 13 de abril

Medidas têm como objetivo evitar a propagação do coronavírus no país, que já registrou mais de 13 mil mortes


postado em 02/04/2020 04:00

Os italianos podem ir às compras, mas devem evitar sair com crianças(foto: Miguel Medina/AFP)
Os italianos podem ir às compras, mas devem evitar sair com crianças (foto: Miguel Medina/AFP)
 
 
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, formalizou ontem, com um novo decreto, a prorrogação de todas as medidas de isolamento, previstas inicialmente para terminar amanhã, até o próximo dia 13, um dia depois da Páscoa. Durante coletiva de imprensa no Palazzo Chigi, Conte ressaltou que a decisão foi tomada porque "a Itália ainda não está em condições de facilitar as regras de confinamento e aliviar os inconvenientes e poupar os sacrifícios aos quais o país está sujeito".

“Os mortos são uma ferida que nunca poderemos curar", afirmou o premier italiano, lembrando das 13.155 vítimas provocadas pelo novo coronavírus, segundo o último balanço da Defesa Civil. O novo documento foi assinado pelo premier italiano e prevê que todas as restrições de deslocamentos e fechamento das atividades produtivas que não sejam estratégicas para o país sejam mantidas.

A novidade diz respeito à prática de exercícios físicos envolvendo clubes e atletas profissionais de todas as modalidades. De acordo com o texto, "não apenas os eventos e competições esportivas de todos os tipos e disciplinas estão suspensos em locais públicos ou privados, mas também sessões de treinamento para atletas profissionais e não profissionais". O novo decreto também proíbe os cidadãos de realizarem caminhadas acompanhados de crianças. "Quando um dos pais vai às compras, é possível permitir o acompanhamento de uma criança. Mas não deve ser uma oportunidade para passear e relaxar as medidas", explicou.

"Se começássemos a afrouxar as medidas, todos os esforços seriam em vão, pagaríamos um preço muito alto, além do custo psicológico e social, seríamos forçados a recomeçar, um custo duplo", alertou Conte. Ele não garante que haverá relaxamento das medidas a partir do dia 14 e não descarta a possibilidade de estender as restrições até 3 de maio.

NÚMERO DE MORTOS

Ontem a Itália registrou o menor número de mortos na pandemia do novo coronavírus em quase uma semana: 727, segundo balanço da Defesa Civil. Embora elevada, essa é a cifra diária mais baixa desde 26 de março, quando o país havia registrado 712 falecimentos. Em termos percentuais, esse foi o menor crescimento no número de mortes desde 28 de fevereiro, quando a Defesa Civil passou a divulgar um balanço por dia: 5,8%.
 
Já o número de contágios chegou a 110.574, o que significa uma expansão de 4,5%, interrompendo uma sequência de cinco quedas. Apesar disso, esse é o terceiro balanço consecutivo com crescimento inferior a 5% nos novos casos. A quantidade de curados ganhou o acréscimo de 1.118 pessoas, chegando a 16.847. De acordo com o presidente do Instituto Superior da Saúde (ISS), Silvio Brusaferro, a pandemia já atingiu seu "pico" na Itália, mas este se apresentará na forma de um "platô", ou seja, a curva de contágios ainda levará um tempo para começar a cair.


"BOMBA VIRAL"

Os médicos italianos temem que os pacientes recém-recuperados, que ainda resultam positivos, se tornem "bombas virais". Há mais de 30 mil doentes nos hospitais italianos, e eles estão prestes a um colapso por causa do grande fluxo de pacientes, principalmente na Lombardia, situada no Norte da Itália. As camas são no momento um bem em escassez, motivo pelo qual quando os pacientes apresentam qualquer melhora e suas vidas não correm mais perigo, devem deixar os leitos para os recém-chegados.
 
Os que não podem permanecer nesses locais, são enviados a hotéis ou para algum dos 7 mil centros de recuperação e reabilitação do país, que abrigam cerca de 300 mil pessoas, em sua maioria idosos. Os médicos temem "um massacre silencioso" nesses ambientes. Não há dados oficiais disponíveis, mas os especialistas estimam que centenas de pessoas morreram nesses locais, entre elas 600 na região de Bergamo, uma das mais atingidas pelo coronavírus.


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