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Estado de Minas

Bancos europeus demoram a suspender dividendos como pede o BCE


postado em 31/03/2020 06:19

Os grandes bancos europeus ainda estão decidindo se não dividendos este ano, como pede com insistência o Banco Central Europeu (BCE), uma medida que deve permitir a mobilização de mais capital para estimular a economia e enfrentar a crise provocada pelo coronavírus.

Na sexta-feira, o Conselho de Supervisão do BCE, que monitora o sistema bancário, fez um apelo aos grandes bancos da Eurozona para que não paguem dividendos nos a seus acionistas nos anos de 2019 e 2020 "até pelo menos 1 de outubro de 2020".

Também pediu que não comprem suas próprias ações (outra maneira de remunerar os acionistas) enquanto perdurar a pandemia de coronavírus.

As empresas geralmente pagam dividendos coincidindo com as assembleias gerais, que às vezes acontecem vários meses após o fim do ano fiscal.

"Ao contrário da crise financeira de 2008, desta vez os bancos não são o problema. Mas temos que garantir que farão parte da solução", escreveu Andrea Enria, presidente do Conselho de Supervisão do BCE em um comunicado publicado no site da instituição.

Ele destacou que renunciar aos dividendos poderia liberar até 30 bilhões de euros de capital para apoiar a economia.

"É uma medida de senso comum por parte do BCE", opina Nicolas Véron, analista da consultoria Bruegel, para que a situação "demonstra a utilidade do mecanismo de supervisão único".

Após o apelo do BCE, a Federação Bancária Europeia, que representa os bancos da zona do euro, recomendou a seus membros que suspendam os dividendos do exercício 2020, mas não os de 2019.

Os próprios bancos têm posições distintas.

O espanhol Santander - cujos executivos dedidiram repassar parte de seus salários a um fundo de apoio - anunciou na segunda-feira que deseja "revisar o dividendo" para 2020 e propor um "dividendo final único" para 2021.

Também indicou que não pagará nenhuma antecipação em novembro de 2020.

Vários bancos europeus, incluindo o alemão Commerzbank ou os três principais bancos holandeses (ING, ABN Amro e Rabobank) se comprometeram a não remunerar os acionistas.

Este também é o caso do Banca Generali e Unicredit na Itália.

Até o momento, os bancos franceses são os mais reticentes à medida.

Procurados pela AFP, BNP Paribas, Société Générale, Natixis e Crédit Agricole SA afirmaram ter conhecimento das recomendações do BCE, mas não se comprometeram a seguir o apelo.


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