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Estado de Minas

Espanha e França registram aumento de mortes por coronavírus.

Governo espanhol confirmou que 769 pessoas morreram em um dia, enquanto na França o número total de óbitos se aproxima de 2 mil


postado em 28/03/2020 04:00

Ciclistas de serviços de delivery trafegam com tranquilidade pelas ruas vazias de Madri(foto: Gabriel Bouys/AFP)
Ciclistas de serviços de delivery trafegam com tranquilidade pelas ruas vazias de Madri (foto: Gabriel Bouys/AFP)

 
Madri – O governo espanhol anunciou ontem que 769 pessoas morreram vítimas de coronavírus nas últimas 24 horas, um recorde no país, que registra um total de 4.858 vítimas de morte e 64.059 casos confirmados. O balanço de falecidos aumentou 18,8% na comparação com quinta-feira na Espanha, o segundo país do mundo com mais mortes provocadas pela COVID-19.
 
O aumento do número de mortos registrado na Espanha ontem marca uma inflexão em termos absolutos na comparação com quinta-feira, quando o Ministério da Saúde anunciou 655 mortes em 24 horas, um número inferior ao da quarta-feira (738). As regiões mais afetadas continuam sendo Madri, com quase metade dos mortos (2.412), e Catalunha (880). O número de casos confirmados aumentou 14% em 24 horas. Ao mesmo tempo, o número de pessoas curadas subiu para 9.357, 33% a mais que na quinta-feira, de acordo com os dados divulgados pelo governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez.
 
"Cada vez temos mais pacientes que recebem alta", afirmou em uma entrevista coletiva Fernando Simón, diretor do centro de emergências de saúde, vinculado ao ministério da Saúde. Para prevenir os contágios e a expansão da doença, os mais de 46 milhões de habitantes do país estão em confinamento desde 14 de março e devem prosseguir assim até, pelo menos, 11 de abril.
 
As saídas de casa são autorizadas apenas para a compra de comida ou medicamentos, acompanhar pessoas dependentes ou para seguir até o trabalho (no caso das pessoas que não podem optar pelo teletrabalho). O governo espanhol espera organizar em breve testes rápidos em larga escala entre a população, para conhecer de maneira mais exata o alcance da pandemia no país.
 
A rede hospitalar já está estressada devido à saturação das unidades de terapia intensiva e às baixas entre o pessoal médico, que acumula 9.444 casos positivos entre os profissionais da saúde. À falta de material de proteção, que o governo tenta resolver comprando 550 milhões de máscaras e 11 milhões de luvas da China, acrescenta-se o desgaste emocional.
 
"Há parentes que não podem entrar para ver seus entes queridos doentes, se comunicar com eles. Não somos feitos de pedra e, evidentemente, muitas vezes nos desesperamos", disse à imprensa Luis Díaz Izquierdo, médico do Hospital Severo Ochoa de Leganés, ao sul de Madri. Depois de contratar 50 mil médicos e enfermeiros entre estudantes e aposentados, o governo aprovou medidas para facilitar a homologação de diplomas e a contratação de 200 profissionais estrangeiros residentes na Espanha.

NA FRANÇA O novo coronavírus matou 299 pessoas ontem na França, elevando o balanço total de óbitos a 1.995 desde o início da epidemia. Segundo o diretor-geral de Saúde, Jérôme Salomon, 15.732 pacientes estão hospitalizados, dos quais 3.787 em UTI. Isso representa um aumento no fluxo de chegada de 412 pessoas em um único dia.
 
Diante da enxurrada de casos de coronavírus, o governo francês decidiu ontem estender por mais duas semanas, até 15 de abril no mínimo o confinamento em todo o país. "Ainda estamos no começo da onda epidêmica", justificou o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, anunciando que "com o aval" do presidente Emmanuel Macron, o período de confinamento se renovará "por outras duas semanas adicionais, a partir da próxima terça-feira, isto é, até a quarta-feira, 15 de abril". "Este período poderá, evidentemente, ser prorrogado se a situação sanitária exigir", acrescentou Philippe, após um conselho de ministros.


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