Jornal Estado de Minas

Gato portador do coronavírus na Bélgica, um caso "isolado" segundo especialistas

Um gato foi infectado por seu dono que estava doente do novo coronavírus na Bélgica, informaram nesta sexta-feira (27) as autoridades sanitárias, que explicaram se tratar de um caso raro e descartaram o risco de contaminação ao ser humano.

A descoberta de um caso "confirmado" em um gato foi realizada por pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária de Liège, segundo explicaram as autoridades da saúde em coletiva de imprensa.



Trata-se de um "caso isolado" que pode acontecer depois de um "contato próximo entre o animal e o homem (infectado)", destacou o médico Emmanuel André, um dos porta-vozes das autoridades sobre a crise por causa da pandemia.

O vírus pode ser transmitido do homem para o animal, mas "não há razão para pensar que os animais possam ser vetores da epidemia em nossa sociedade", insistiu o médico, mencionando as análises científicas feitas em todo o mundo sobre o assunto.

Os casos de contaminação dos animais domésticos são raros. Em Hong Kong, as autoridades informaram nas últimas semanas sobre dois cachorros que "testaram positivo para a Covid-19" durante uma campanha de detecção feita com 17 cachorros e oito gatos que vivem em contato com pessoas portadoras do vírus.

Em Hong Kong, "os cachorros não apresentavam nenhum sintoma", enquanto na Bélgica "o gato sofreu de problemas respiratórios e digestivos transitórios", afirmou por sua vez a Agência Federal Belga para a Segurança da Cadeia Alimentar (Afsca), em comunicado.



"Até agora, nada indica que um animal doméstico possa transmitir o vírus ao homem ou a outros animais domésticos", afirmou a instituição belga.

"O risco de transmissão do vírus dos animais domésticos aos seres humanos é insignificante em comparação ao risco de transmissão por contato direto entre seres humanos", ressaltou a Afsca.

Por precaução é "altamente recomendável" aplicar regras clássicas de higiene com os animais domésticos: "evitar os contatos próximos com eles, lavar as mãos depois de manipulá-los ou deixar que os animais lambam o seu rosto".

Trata-se de medida para impedir a transmissão do vírus ao animal e de evitar que o mesmo se torne um portador do vírus, concluiu a Afsca.