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Estado de Minas

Espanha registra 769 mortes por coronavírus em um dia e total alcança 4.858


postado em 27/03/2020 11:13

O governo espanhol anunciou nesta sexta-feira que 769 pessoas morreram vítimas de coronavírus nas últimas 24 horas, um recorde no país, que registra um total de 4.858 vítimas fatais e 64.059 casos confirmados.

O balanço de falecidos aumentou 18,8% na comparação com quinta-feira na Espana, o segundo país do do mundo com mais mortes provocadas pela Covid-19.

Embora a Itália seja o país com o maior número absoluto de falecidos, quase 8.200 de acordo com o balanço mais recente, a Espanha apresenta um número diário superior, já que as autoridades italianas anunciaram 662 mortes na quinta-feira.

O balanço diário espanhol é, portanto, o mais elevado do mundo no momento.

O aumento desta sexta-feira marca uma inflexão em termos absolutos na comparação com quinta-feira, quando o ministério da Saúde anunciou 655 mortes em 24 horas, um número inferior ao da quarta-feira (738).

As regiões mais afetadas continuam sendo Madri, com quase metade dos mortos (2.412), e Catalunha (880).

O número de casos confirmados aumentou 14% em 24 horas.

Ao mesmo tempo, o número de pessoas curadas subiu para 9.357, 33% a mais que na quinta-feira, de acordo com os dados divulgados pelo governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez.

"Cada vez temos mais pacientes que recebem alta", afirmou em uma entrevista coletiva Fernando Simón, diretor do centro de emergências de saúde, vinculado ao ministério da Saúde.

Para prevenir os contágios e a expansão da doença, os mais de 46 milhões de habitantes do país estão em confinamento desde 14 de março e devem prosseguir assim até, pelo menos, 11 de abril.

As saídas de casa são autorizadas apenas para a compra de comida ou medicamentos, acompanhar pessoas dependentes ou para seguir até o trabalho (no caso das pessoas que não podem optar pelo teletrabalho).

O governo espanhol espera organizar em breve testes rápidos em larga escala entre a população, para conhecer de maneira mais exata o alcance da pandemia no país.

O ministro da Saúde, Salvador Illa, afirmou na quinta-feira que o mais correto seria fazer 50.000 testes diários, contra os 15.000 a 20.000 que são executados atualmente com um método mais trabalhoso.

"Em breve", o país começará uma investigação para descobrir que grau de imunidade desenvolveram, segundo Simón.

"Estamos gradualmente nos aproximando do pico (de contágio)", disse Simón, um mantra que ele repete há dias.

Mas "não é uma coisa que termina no momento em que a descida começa (...) A pressão sobre o sistema de saúde vai continuar ou até aumentar durante os três, quatro ou cinco dias" a seguir, avisou.

De fato, a rede hospitalar já está estressada devido à saturação das unidades de terapia intensiva e às baixas entre o pessoal médico, que acumula 9.444 casos positivos entre os profissionais da saúde.

À falta de material de proteção, que o governo tenta resolver comprando 550 milhões de máscaras e 11 milhões de luvas da China, acrescenta-se o desgaste emocional.

"Há parentes que não podem entrar para ver seus entes queridos doentes, se comunicar com eles. Não somos feitos de pedra e, evidentemente, muitas vezes nos desesperamos", disse à imprensa Luis Díaz Izquierdo, médico do Hospital Severo Ochoa de Leganés, ao sul de Madri.

Depois de contratar 50.000 médicos e enfermeiros entre estudantes e aposentados, o governo aprovou medidas para facilitar a homologação de diplomas e a contratação de 200 profissionais estrangeiros residentes na Espanha.


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