O diretor da unidade Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quinta-feira que há "sinais encorajadores" de desaceleração da pandemia de coronavírus no continente, mas destacou que a situação continua sendo grave.
"Embora a situação continue preocupante, começamos a ver sinais encorajadores", afirmou Hans Kluge em uma entrevista coletiva on-line.
A Itália, país mais afetado pela COVID-19, "acaba de registrar um aumento levemente inferior, apesar de ainda ser muito cedo para dizer que a pandemia atingiu o pico neste país", completou.
A OMS Europa, que inclui 53 países tão diferentes como Rússia ou Andorra, registra mais de 220.000 casos oficiais e 11.987 mortes provocadas pelo vírus, de acordo com os dados da organização.
Quase 60% dos casos e 70% das mortes procedem desta região, destacou Kluge. O diretor também elogiou as "medidas sem precedentes para desacelerar e interromper a transmissão da COVID-19, que nos fazem ganhar tempo e reduzem a pressão sobre os sistemas de saúde".
O impacto exato das medidas, com um custo social e econômico elevado, ainda não foi determinado.
Os governos e as populações devem ter consciência da "nova realidade", criada pela pandemia, e estar preparados para o longo prazo. "Não será um sprint, será uma maratona", disse Kluge.