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Estado de Minas

Bolsas europeias voltam ao vermelho enquanto Wall Street tem forte alta


postado em 17/03/2020 18:19

As Bolsas de valores europeias voltaram a operar em queda nesta terça-feira, sob o sinal perturbador do coronavírus, enquanto Wall Street fechou com uma alta acentuada.

A Bolsa de Nova York teve bons resultados após a queda histórica de segunda-feira. O índice Dow Jones Industrial Average subiu 5,17% a 21.231,99 pontos e o tecnológico Nasdaq 6,23%, a 7.334,78 pontos.

Na Europa, o dia foi de vaivém. No começo das operações, as bolsas estavam em alta, mas rapidamente a tendência se inverteu. Ao fim das sessões, os mercados voltaram a respirar. Frankfurt teve alta de 2,3%, Paris 2,8%, Londres 2,8%, Madri 6,4% e Milão 2,2%.

A Bolsa de Sydney subiu 6%, e a de Tóquio interrompeu seus quatro dias de queda consecutivas para fechar quase em equilíbrio.

"A Ásia deu sinais de vida ontem à noite", assim como as praças europeias no início de suas sessões, após informações sobre um plano de significativo de reativação nos Estados Unidos, após as medidas tomadas no Japão, França, Nova Zelândia e Alemanha, destacou Neil Wilson, analista da Markets.com.

Após o anúncio de medidas econômicas do governo contra a epidemia, a Bolsa de São Paulo subiu 4,85% nesta terça-feira, após o tombo da véspera, quando perdeu quase 14%. O índice Ibovespa chegou a subir mais de 8%, mas recuou a tarde, fechando com 74.617 pontos.

O preço do petróleo caiu nessa terça-feira ao nível mais baixo em quatro anos. O WTI -barril de referência nos Estados Unidos- para entrega em abril fechou a 26,95 dólares após cair 6,1%. Já o Brent do Mar do Norte cotado em Londres caiu 4,4% e chegou a 28,73 dólares o barril.

- "Sobreviver ao bloqueio" -

Os investidores esperam "que os governos alimentem indivíduos e empresas com liquidez suficiente para sobreviver ao bloqueio causado pelo coronavírus", analisa Jasper Lawler, do London Capital Group.

Mas nada está garantido porque, como lembra Michael Hewson, analista da CMC Markets, "depois de anos de promessas sem efeito, a confiança dos investidores na capacidade do G7 de se unir o suficiente para implantar uma 'bazuca' fiscal consistente é limitada".

Os mercados nos EUA reagiram às propostas da Casa Branca e anúncios do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

O governo Donald Trump planeja enviar cheques de ajuda aos americanos afetados pela crise do coronavírus em duas semanas, informou o secretário do Tesouro Steven Mnuchin, que prometeu "um plano de recuperação econômica muito importante".

Os líderes do G7 declararam na segunda-feira que estão "determinados" a fazer "o que for preciso" para restaurar o crescimento global, atingido pela epidemia.

Em uma declaração conjunta, expressaram sua disposição de mobilizar "todos os instrumentos da política econômica" à sua disposição, como medidas orçamentárias e monetárias.

Os 27 ministros da UE também se comprometeram na segunda-feira a "fazer o que for preciso" sem recorrer ao fundo de resgate da zona do euro.

Os bancos centrais também fizeram o possível para limitar a crise, mas os mercados permanecem insensíveis a essas tentativas, como a do banco central dos Estados Unidos (Fed) que anunciou uma injeção no mercado monetário de US$ 500 bilhões na segunda-feira, depois de reduzir brutalmente sua principal taxa de juros de 0% a 0,25% e uma injeção de liquidez de US$ 700 bilhões.

Outro aspecto da crise é o colapso dos preços do petróleo.

O petróleo é refém de uma demanda global em declínio, como resultado das medidas adotadas pelos países para impedir a disseminação do coronavírus, e pela guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia, que não alcançaram um acordo para um novo corte na produção.


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