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Coronavírus pulveriza participação em eleições municipais na França


postado em 15/03/2020 21:43

Os franceses deram as costas para as urnas neste domingo, no primeiro turno das eleições municipais, realizadas em um contexto inédito, em um país quase paralisado pela pandemia do novo coronavírus.

Entre os cerca de 48 milhões de eleitores convocados a eleger seus prefeitos, apenas metade compareceu às urnas, segundo as primeiras estimativas. Uma pesquisa apontou que 39% das pessoas que faltaram o fizeram por medo do novo coronavírus.

Este novo recorde é "absolutamente inacreditável", estimou o diretor do instituto de pesquisas Ipsos, Brice Teinturier. A abstenção foi quase 20 pontos maior do que nas eleições municipais anteriores, em 2014.

A cifra recorde traz dúvidas se o segundo turno será mantido daqui a uma semana, principalmente devido à velocidade imprevisível da pandemia. A França, terceiro foco na Europa, registrou nas últimas 24 horas mais de 900 novos infectados e 36 novas mortes, elevando o total a 5.400 infectados e 127 mortos.

Segundo o constitucionalista Didier Maus, se o segundo turno for adiado, os resultados do primeiro turno serão anulados. "É um problema legal", explica Anne Jadot, professora de Ciência Política na Universidade de Lorraine. "Há um forte risco de disputa eleitoral."

- Anne Hidalgo consegue primeiro lugar em Paris -

Apesar do fechamento das escolas, restaurantes, museus, cafés e lojas, a França decidiu manter as eleições deste domingo. "Temos que garantir a continuidade da vida democrática e das instituições", disse o presidente, Emmanuel Macron, que garantiu ter tomado a decisão após consultar cientistas, que consideraram que "não há nada que impeça os franceses, mesmo os mais vulneráveis, de ir às urnas".

Antes de entrar em uma das 35 mil seções eleitorais do país, os eleitores puderam higienizar as mãos. Todos os cidadãos receberam a recomendação de levar a própria caneta até a cabine.

Os eleitores tiveram que manter uma distância de segurança de um metro entre si durante cada etapa da votação. Os mesários receberam álcool e luvas de proteção.

Em Paris, joia da coroa das eleições municipais francesas, a atual prefeita, a franco-espanhola Anne Hidalgo, liderou o primeiro turno, com 30% dos votos, segundo as primeiras estimativas. O premier Edouard Philippe, candidato na cidade portuária de Le Havre, seu reduto eleitoral, também ficou em primeiro, com 43,60% dos votos, segundo resultados definitivos. Uma derrota no segundo turno poderá colocar em risco seu cargo na liderança do Executivo.


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