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Estado de Minas

Da Áustria à Grécia, europeus aprendem a viver com as restrições impostas pelo novo coronavírus


postado em 14/03/2020 18:01

Os austríacos se apressaram para ir às lojas neste sábado, na última oportunidade de consertar a bicicleta ou comprar tecido para suas cortinas, antes que a atividade comercial seja reduzida ao mínimo na próxima semana, uma medida que busca frear a epidemia do novo coronavírus.

Até mesmo para um final de semana, o fluxo de pessoas em uma loja de tecidos da capital austríaca, Müller, era fora do comum, relatou um vendedor.

No caixa, cerca de 15 pessoas faziam fila para pagar.

"Preciso de material porque tenho que terminar de fazer minhas cortinas", justificou Katarina Neumayer.

"Não me deixa feliz pensar em esperar semanas. Não terei outra coisa para fazer, então tenho que manter-me ocupada", acrescentou.

Entre as primeiras medidas adotadas nesta semana pelo governo austríaco para frear a propagação do coronavírus, foram suspensas atividades culturais, esportivas e de lazer.

Na próxima segunda, chegará a vez da maioria das lojas, que terão que fechar.

O dono da loja de bicicletas IG Fahrad prolongou os horários de abertura neste sábado e não reclama: os ciclistas se amontoavam. O site dessa loja apresenta a bicicleta como um meio de lutar contra o vírus, evitando os transportes públicos.

Os supermercados foram esvaziados, como em inúmeras cidades europeias, apesar de que as lojas de alimentação permanecerão abertas.

As famosas cafeterias de Viena e os restaurantes funcionarão normalmente até às 15H00 (no horário local), quando os serviços serão interrompidos. Os encontros e reuniões em ambientes privados também foram desaconselhados.

"Queria comemorar meu aniversário, mas tive que adiá-lo", comentou Sonja Harter.

"Espero que possamos comemorá-lo antes do próximo!".

Na Grécia, os bares e os restaurantes estavam vazios, apesar do sol. Atenas era uma cidade praticamente sem vida neste sábado, depois que o governo ordenou o fechamento de todo o comércio.

"Os turistas evaporaram", comentou assustado Grigoris Kolios, dono de um café próximo ao estádio Panatenaico, uma das principais atrações arqueológicas da capital.

"Agora entendemos o que significa a palavra coronavírus: não ver ninguém nas ruas", disse, com um tom de tristeza.

Desde a última sexta, as visitas aos monumentos e sítios históricos dessa civilização europeia foram suspensas. As farmácias e os supermercados, no entanto, continuam abertos.

"Veja, podemos ver a Acrópole de longe, ao menos", dizia Megan Oxley, uma turista canadense, como forma de se consolar.

Na Grécia, o número de casos de Covid-19 chegou a 228 neste sábado.


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