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Estado de Minas

Nova York reduz o ritmo por conta do novo coronavírus


postado em 12/03/2020 18:07

Nova York, a cidade que nunca dorme, apaga as luzes e reduz suas ofertas culturais para evitar a proliferação do novo coronavírus: os shows da Broadway foram cancelados por um mês e a ópera, o museu Metropolitan e uma grande sala de concertos fecharam suas portas.

O estado de Nova York proibiu eventos que reúnam mais de 500 pessoas, incluindo os teatros da Broadway, anunciou o governador Andrew Cuomo na quinta-feira, chamando as medidas de "dramáticas".

Para eventos com menos de 500 pessoas, o público ficará limitado à metade da capacidade total de cada teatro a partir desta sexta-feira às 17H00, horário local (19H00 de Brasília), disse Cuomo em entrevista coletiva.

"Estamos tomando medidas dramáticas (...) para reduzir o número de pessoas em um ambiente contagioso: não haverá eventos com mais de 500 pessoas" a partir desta sexta-feira, incluindo musicais e peças da mais famosa área de teatros do mundo, anunciou o governador.

Apenas as escolas, hospitais, asilos e instalações de transporte público do estado são excluídas, disse.

"Os teatros da Broadway desligarão suas luzes a partir das 17H00 desta sexta-feira, 13 de março, e ficarão fechados até a semana de 13 de abril", confirmou TodayTix, o portal de ingressos do grande distrito teatral de Nova York, que apenas na semana passada registrou uma receita de 26,7 milhões de dólares.

Será a maior paralisação da Broadway desde 2007, quando uma greve de funcionários interrompeu os shows por 19 dias.

"Nossa maior prioridade tem sido e continuará sendo a saúde e o bem-estar dos frequentadores do teatro da Broadway e das milhares de pessoas que trabalham na indústria do teatro todos os dias, incluindo atores, músicos, ajudantes, arrumadores e muitos outros profissionais dedicados", declarou Charlotte St. Martin, presidente da Broadway League.

"Quando as luzes do palco voltarem, daremos as boas-vindas aos fãs de braços abertos", acrescentou.

- Até novo aviso -

Um pouco antes, o Metropolitan Museum, o maior do mundo, que recebe cerca de sete milhões de visitantes por ano, anunciou que fechará todas as suas instalações a partir desta sexta-feira até novo aviso e fará uma limpeza completa das instalações.

"A prioridade do Met é proteger e apoiar nossa equipe, voluntários e visitantes, e já estamos tomando várias medidas de precaução, com rigorosas rotinas de limpeza e em comunicação com as autoridades", informou o presidente do museu, Daniel Weiss.

Embora o museu não tenha confirmado casos do vírus, "acreditamos que devemos fazer tudo o que pudermos para garantir um ambiente seguro e saudável para a nossa comunidade", acrescentou.

Outros museus como o MoMA ou o Whitney ainda estão abertos.

"Estamos monitorando cuidadosamente a situação", disse uma porta-voz do Museu Whitney de Arte Americana à AFP.

O Metropolitan Opera e o Carnegie Hall informaram que estarão fechados a partir desta quinta-feira até pelo menos 31 de março. "As autoridades de saúde estão pedindo para ficar longe um do outro com maior ênfase, e não é possível continuarmos desempenhando funções, porque isso coloca artistas, funcionários e público em risco", informou o gerente geral do Met Opera, Peter Gelb.

A cidade de Nova York anunciou na quarta-feira, pela primeira vez em mais de 200 anos, o adiamento de sua famosa Parada do Dia de São Patrício, que presta homenagem aos nova-iorquinos nascidos na Irlanda e reúne anualmente cerca de dois milhões de pessoas.

Cancelamentos ou adiamentos de eventos culturais e esportivos estão se multiplicando em todo o mundo devido ao avanço da pandemia.

O Louvre, o museu mais visitado do mundo, fechou em 1º de março porque os funcionários temiam contágio, mas reabriram três dias depois, embora limitando o número de visitantes.


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