Dois soldados, um americano e um britânico, além de um funcionário terceirizado americano morreram nesta quarta-feira (11) no ataque com dez foguetes contra uma base iraquiana em Taji, ao norte de Bagdá, disse uma autoridade militar dos Estados Unidos à AFP.
Esse ataque, o 22º contra interesses dos EUA no Iraque, é o mais fatal contra uma base de soldados estrangeiros em vários anos.
Anteriormente, uma fonte da coalizão internacional havia informado à AFP sobre vários soldados com ferimentos que variavam de "leve a crítico".
O número de foguetes lançados nesta quarta-feira é particularmente alto.
O ataque não foi imediatamente reivindicado, mas Washington frequentemente os atribui a facções pró-iranianas no Iraque.
Um contratado dos EUA foi morto em um ataque com foguete contra uma base militar iraquiana em Kirkuk no final de 2019, que por sua vez desencadeou vários ataques de retaliação por Washington no Iraque e na Síria, contra forças pró-Teerã, incluindo brigadas do Hezbollah.
Depois disso, as tensões entre Washington e Teerã aumentaram, levando ao assassinato em Bagdá do poderoso general iraniano Qasem Soleimani e de seu tenente iraquiano em um ataque por drone dos EUA, bem como dos bombardeios iranianos de bases iraquianas que hospedam soldados americanos.
A coalizão internacional, criada para combater o grupo jihadista Estado Islâmico (IS) em 2014, e liderada pelos Estados Unidos, é composta por dezenas de países e milhares de soldados estão no Iraque.
Embora o EI tenha perdido o território de seu "califado", abrangendo o Iraque e a Síria, ainda possui células clandestinas ou adormecidas que podem realizar ataques.
O parlamento iraquiano votou recentemente para que 5.200 soldados dos EUA deixem o país, uma decisão que ainda não foi implementada pelo governo. Mas o Iraque está submerso há meses em um verdadeiro pântano político.