O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta segunda-feira que a "ameaça de uma pandemia" do novo coronavírus, que já contaminou mais de 110.000 pessoas no mundo, "se tornou muito real".
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FMI pede "resposta internacional coordenada" ante coronavírusCoronavírus derruba as Bolsas e paralisa norte da ItáliaBolsa de São Paulo despenca mais de 10% por coronavírus e preços do petróleo"Não estamos à mercê do vírus" porque "as decisões que tomamos podem influenciar a trajetória" da epidemia, disse ele.
"Mesmo se a chamarmos de pandemia, ainda podemos controlá-la", estimou, insistindo: devemos lembrar que, com uma ação rápida e decisiva, podemos retardar o coronavírus e prevenir novas infecções".
O diretor-geral da OMS lançou outra mensagem de esperança, dizendo que "a maioria" dos infectados se recuperará. Assim, dos "80.000 casos relatados na China", berço da epidemia, "mais de 70% se recuperaram", detalhou.
Aparecido em dezembro na China, o coronavírus afeta todos os continentes, exceto a Antártica, e atrapalha a vida cotidiana e econômica em um número crescente de países.
Já causou mais de 3.800 mortes em 100 países e territórios, de acordo com um relatório estabelecido pela AFP.
"Ao contrário da gripe, podemos retardar, podemos desacelerar", disse o responsável pelo Programa de Emergência da OMS, Michael Ryan, expressando sua esperança de que as medidas de contenção da Itália funcionem e ajudem a conter a epidemia para que outros países possam se preparar melhor.
"Não estou preocupado com a palavra 'pandemia', estou mais preocupado com a reação do mundo", acrescentou.
O diretor-geral da OMS também instou os países a não desistirem diante do coronavírus com o pretexto de que afeta principalmente os idosos, dizendo que estaria seguindo o caminho da "decadência moral". "Todo ser humano conta", disse ele.