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Estado de Minas

Contra o coronavírus, religiosos da Terra Santa esbanjam seus conselhos


postado em 09/03/2020 12:25

Na Terra Santa, os dignitários religiosos dão seus conselhos para conter a expansão do coronavírus, como evitar aceitar a hóstia diretamente na boca, visitar lugares públicos ou até mesmo beber a cerveja "Corona" implorando a Deus.

Há alguns dias, rabinos israelenses, imãs palestinos e líderes cristãos tentam usar sua influência sobre os fiéis para que respeitem os conselhos de prevenção ditados pelas autoridades, além de promulgar outros a título individual.

Alguns rabinos pediram aos judeus que escrevessem uma fórmula em um pergaminho que pudessem usar como amuleto e outros recomendaram que parassem de beijar a mezuzá - um pequeno mandamento que é colocado nas portas das casas e é tocado ou beijado ao entrar no local - uma tradição profundamente enraizada em Israel, onde foram registrados 39 casos de coronavírus até o momento.

Um rabino distribuiu cerveja da marca "Corona" entre seus fiéis e pediu que bebessem pedindo a Deus que acabasse com a epidemia porque "quando oramos e bebemos uma bebida alcoólica, as orações têm mais força", afirmou em um vídeo publicado nas redes sociais.

A quarentena que, segundo o Ministério da Saúde, foi imposta a dezenas de milhares de israelenses, levantou inúmeras dúvidas aos judeus ortodoxos, que devem rezar na companhia de pelo menos 10 homens na sinagoga, especialmente durante o festival de Purim, que começa nesta segunda-feira.

Nesse contexto, alguns rabinos autorizaram seus fiéis a escutar o rádio, algo excepcional.

- "Chegada do Messias" -

Também existem rabinos que tentam justificar o surto da epidemia com razões teológicas, argumentando que o vírus foi "a consequência de não-judeus comerem qualquer coisa", segundo os vídeos divulgados na internet.

Para o rabino ultra-ortodoxo Ron Chaya, a epidemia é um sinal da "chegada do Messias", afirma em um vídeo visto mais de 50.000 vezes.

No entanto, o rabino Shlomo Aviner quis enfatizar que a melhor maneira de se proteger contra a doença é "ir ao médico".

Na mesma linha, o grande rabino de Israel, David Lau, afirmou que "seguir as diretrizes do Ministério da Saúde é uma obrigação religiosa".

- "Um pecado" -

Em Belém, na Cisjordânia ocupada, todas as mesquitas e igrejas foram fechadas depois que 20 pessoas contraíram o coronavírus, as únicas infectadas no lado palestino.

Na quinta-feira, as autoridades palestinas decretaram estado de emergência sanitária por 30 dias e proibiram as visitas de turistas à Cisjordânia por duas semanas, além de ordenar o fechamento da Basílica da Natividade, em Belém.

Os cristãos foram instados a orar em grupos de no máximo 15 pessoas e a receber a hóstia na mão ao invés da boca. Em outras partes do mundo conselhos semelhantes foram promovidos.

Seguindo o exemplo do papa, que no domingo falou ao vivo pela televisão em Roma, o patriarcado latino de Jerusalém pediu aos padres que gravassem suas missas e as divulgassem através das redes sociais, para que os paroquianos não precisassem ir à igreja.

Em Jerusalém, a Esplanada das Mesquitas e o interior da mesquita de Al Aqsa foram desinfetados.

A saúde é "mais importante que a prática religiosa", afirmou o mufti de Jerusalém, Mohamed Husein, no rádio, acrescentando que "se proteger é uma das bases do Islã".

"A religião muçulmana nos obriga à limpeza", contou à AFP o xeique Majad Saqer, chefe do Ministério de Assuntos Religiosos da Palestina. "Se um muçulmano transmite um vírus, consideramos que ele pecou".


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