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Estado de Minas

Biden prevalece sobre Sanders nas primárias democratas nos EUA; Bloomberg desiste


postado em 04/03/2020 17:19

Joe Biden assumiu o favoritismo nas primárias democratas nos Estados Unidos, após importantes vitórias na "Superterça" frente a Bernie Sanders, e a saída de Michael Bloomberg, que reformulou a corrida como um duelo entre moderados e progressistas.

Biden, um centrista de 77 anos, triunfou no dia mais importante da maratona de votações para eleger o rival do presidente republicano Donald Trump nas próximas eleições, em 3 de novembro.

Além de ser o favorito em nove dos 14 estados que votaram, o ex-braço direito de Barack Obama obteve o apoio de Bloomberg, o bilionário ex-prefeito de Nova York que abandonou a corrida presidencial, apresentando Biden como o "melhor" candidato para que os democratas recuperem a Casa Branca.

"Essa corrida é maior que os candidatos e que a política. Trata-se de derrotar Donald Trump, e com sua ajuda, o faremos", escreveu Biden em seu Twitter ao agradecer a Bloomberg.

Dezenas de milhões de americanos foram convocados para votar na "Superterça", cujos resultados levaram 1.357 delegados à convenção nacional que elegerá o candidato em julho, um terço do total. São necessários ao menos 1.991 para garantir a nomeação do Partido Democrata.

Biden, que busca a nomeação presidencial do partido após ter fracassado em 1988 e 2008, obteve vitórias importantes em populosos estados como o Texas e a Carolina do Norte, onde o voto latino pesa.

Também ganhou no Alabama, Oklahoma, Tennessee, Arkansas, Minnesota, Massachusetts e Virgínia, provando sua preferência em grupos demográficos considerados chave para a vitória democrata, como a comunidade negra, mas também entre os brancos do Médio-Oeste do país.

Sanders, um senador de 78 anos que se define como um "socialista democrata", venceu em seu estado natal, Vermont, em Utah e no Colorado, e parecia ter um maior apoio na Califórnia, importante por ter 415 delegados em jogo, onde a recontagem dos votos continuava.

No Maine, com 79% dos votos apurados, Biden ganhava de Sanders por uma pequena margem.

- "Renascimento incrível" -

"Foi um grande renascimento para Joe Biden, um renascimento incrível quando pensamos nisso", disse Trump a jornalistas na Casa Branca, após zombar no Twitter dos perdedores da véspera: Bloomberg e Elizabeth Warren.

Bloomberg, eleito no último ano a nona pessoa mais rica do mundo segundo a Forbes, gastou centenas de milhões de dólares de sua fortuna pessoal em sua campanha democrata, mas quando finalmente estreou nas urnas na "Super terça-feira" venceu apenas no território da Samoa Americana.

Warren, uma senadora progressista de 70 anos antes favorita nas pesquisas, não venceu nem em seu estado natal, Massachusetts. Na Califórnia, região da esquerda americana, não chegava aos 15% necessários para obter delegados.

Seu organizador de campanha disse que sua equipe estava "obviamente decepcionada" e acrescentou que Warren avaliaria o seu caminho em relação aos próximos anos.

"Essa decisão está em suas mãos, e é importante que tenha o tempo e espaço para considerar o que vem depois", disse em uma mensagem de e-mail citada por um jornalista da NBC.

A congressista do Havaí Tulsi Gabbard, de 38 anos, quinta candidata à nomeação democrata e última nas pesquisas, não obteve um bom resultado, como esperado.

- O "tsunami" -

Biden, que liderava as pesquisas nos EUA até que Sanders o ultrapassou no final de janeiro, tinha ficado ofuscado depois de sofrer derrotas em Iowa, New Hampshire e Nevada, nas primeiras votações.

Na Carolina do Sul, ele ganhou força no último sábado graças ao voto dos negros. E na segunda-feira, três ex-rivais apoiaram a sua candidatura: Pete Buttigieg, Amy Klobuchar e Beto O'Rourke.

"Estamos muito vivos!", ele exclamou na noite de terça-feira diante de seus seguidores em Los Angeles, confiante sobre as suas chances de chegar ao poder após quatro anos do populismo de direita de Trump.

Seu renascimento movimentou a corrida democrata.

"Esperávamos um aumento, mas o que temos é um tsunami", tuitou o analista político David Axelrod, que foi diretor de estratégia das duas campanhas presidenciais de Obama.

"É uma nova corrida (presidencial). Completamente."

Apesar da avalanche de apoio a Biden, Sanders expressou na terça-feira sua "confiança absoluta" de que ele ganhará a indicação democrata, após ter perdido para Hillary Clinton em 2016.

"Você não pode vencer Trump com a mesma velha política. O que precisamos é de uma nova política que incorpore a classe trabalhadora e os jovens em nosso movimento político", escreveu no twitter nesta quarta-feira.

Os resultados da "Supeterça", que também incluíram os votos dos democratas no exterior, que apoiaram Sanders em 2016, podem ser decisivos para a votação do próximo 10 de março em Idaho, Michigan, Mississippi, Missouri, Dakota do Norte e Washington.


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