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Estado de Minas

ONGs humanitárias atacadas por moradores de ilha grega em crise migratória


postado em 03/03/2020 18:31

Várias organizações de ajuda humanitária na ilha grega de Lesbos anunciaram nesta terça-feira (3) que estão suspendendo suas tarefas em favor dos refugiados e retirando seu pessoal por causa das agressões dos habitantes locais, motivados pela crise migratória.

O número de migrantes que desejam chegar à Europa aumentou consideravelmente nos últimos dias na fronteira terrestre da Turquia com a Grécia, bem como daqueles que tentam chegar às ilhas gregas do Mar Egeu em pequenos barcos.

Para conter esse fluxo, que foi desencadeado após a decisão de Ancara na semana passada de liberar refugiados para a Europa, Atenas suspendeu os procedimentos de pedido de asilo e reforçou a segurança em suas fronteiras.

Nas ilhas, a chegada de novos migrantes elevou um clima já muito quente.

Lesbos abriga mais de 19 mil refugiados e migrantes em condições insalubres em um campo superlotado erguido para acomodar cerca de 3.000, uma herança da crise migratória de 2015.

Cansados de suportar o maior fardo da migração para a Europa, a população local protestou contra a chegada de refugiados, argumentando que eles constituem uma ameaça à segurança, à saúde pública e à sua economia, altamente dependente do turismo.

Essa raiva se transformou em violência nos últimos dias, com grupos extremistas que atacam migrantes recém-chegados, intimidam a imprensa e atacam funcionários das ONGs.

"Quando anoitece, há ataques permanentes contra as ONGs, seus funcionários e voluntários", declarou Douglas Herman, cofundador da organização Refocus.

"A maioria dessas organizações começou a suspender suas tarefas, incluindo algumas por tempo indeterminado. Muitas aconselharam seus funcionários a deixar a ilha", lamenta Herman, acrescentando que os seis voluntários atualmente ajudam sua ONG estão deixando o local.

A violência foi praticada por grupos "fascistas", afirmou, descrevendo os obstáculos colocados nas estradas pelos bandidos, que atacam ou ameaçam as equipes humanitárias dentro de seus veículos.

Outras ONGs forneceram testemunhos semelhantes.


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