Jornal Estado de Minas

Al Qaeda confirma morte do fundador de grupo extremista da Tunísia

O braço da Al Qaeda na região de Magreb confirmou a morte do fundador do principal grupo extremista tunisiano, Abou Iyadh, morto em um ataque do exército francês no Mali, em um vídeo homenagem que menciona outros dirigentes extremistas mortos.

O líder da Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), Abou Moussab Abdoul Wadoud, falou de mortes que ocorreram "ultimamente", sem especificar uma data, em vídeo detectado no sábado pelo centro de monitoramento americano de sites islâmicos (SITE).



Um dos outros dirigentes mencionados, o argelino Djamel Okacha, conhecido como Yahya Abou El Hamam, número dois da principal aliança extremista do Sahel vinculada a Al Qaeda, morreu em 21 de fevereiro de 2019 durante uma operação em Barkhane, segundo o governo francês.

O Estado-Maior francês, questionada nesta terça pela AFP, não fez nenhum comentário.

A morte do tunisiano Abou Iyadh foi anunciada várias vezes nos últimos anos, inclusive pelo New York Times, em 2015, que informou que ele havia falecido em um bombardeio americano na Líbia.

Porém, até o momento, a AQMI nunca tinha confirmado a informação.

Abou Iyadh, cujo verdadeiro nome era Seifallah Ben Hassine, foi o fundador do Ansar Al Sharia, principal grupo extremista tunisiano próximo ao Al Qaeda, acusado de ter organizado os assassinatos do opositor Chokri Belaïd e do deputado Mohamed Brahmi em 2013, assim como ataques contra as forças tunisianas.

Abou Iyadh era acusado de ter organizado o ataque à embaixada americana na Tunísia, em setembro de 2012. Depois fugiu, primeiro para a Líbia e depois ao Mali, segundo AQMI.

Veterano da Al Qaeda no Afeganistão, Washington o incluiu na lista de "terroristas internacionais" em 2014.