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Estado de Minas CORONAVÍRUS

Doença em escalada

OMS vê 'momento decisivo' e pede 'ação sem demora' para o controle da epidemia, cuja propagação já atingiu mais de 45 países. Em contrapartida, casos desaceleram na China


postado em 28/02/2020 04:00 / atualizado em 27/02/2020 22:06

Na cidade de Daegu, na Coreia do Sul, agente de saúde aplica desinfetante: país foi o mais afetado fora da China(foto: Jung Yeon-je/AFP)
Na cidade de Daegu, na Coreia do Sul, agente de saúde aplica desinfetante: país foi o mais afetado fora da China (foto: Jung Yeon-je/AFP)

 

A epidemia de coronavírus que se espalha fora da China entrou em uma fase decisiva, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), enquanto o mundo adota medidas drásticas para conter sua propagação, que chegou a todos os continentes, deixando até ontem 82 mil contaminados e cerca de 2.800 mortos.

 

Até agora, a China era considerada o único foco mundial da epidemia de COVID-19, mas o risco aumentou com o surgimento de focos da doença em países como Coreia do Sul, Itália ou Irã. A Coreia do Sul anunciou mais de 500 novas infecções.

 

Nos últimos dias, o coronavírus apareceu em vários novos países – além de Brasil, Estônia, Dinamarca, Grécia, Noruega, Macedônia do Norte, Romênia, Geórgia e Paquistão e Brasil –, elevando o número de países afetados para mais de 45. Mais de 78 mil pessoas foram infectadas na China, das quais 2.744 morreram. Fora dali, o saldo provisório era de 3.600 infecções e mais de 50 mortes.

 

"Estamos em um momento decisivo", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS em Genebra, que lembrou que nos últimos dois dias, o número diário de novos casos no restante do mundo foi superior ao registrado na China, onde o vírus surgiu em dezembro.

 

"Se agirmos agora sem demora, podemos parar esse coronavírus. Meu conselho é agir rapidamente", disse Ghebreyesus, classificando o vírus como "muito perigoso". "As epidemias no Irã, na Itália e na Coreia do Sul demonstram do que esse vírus é capaz", disse. Ao mesmo tempo, Tedros ressaltou que "vários países não registram casos há mais de duas semanas", como é o caso de Bélgica, Camboja, Índia, Rússia e Vietnã.

 

Na Arábia Saudita foi suspensa temporariamente a entrada de peregrinos que viajavam para Meca. No Japão, o primeiro-ministro Shinzo Abe ordenou o fechamento de todas as escolas públicas do país a partir de segunda-feira.

 

Os Estados Unidos consideram a possibilidade de proibir a entrada de viajantes estrangeiros da Itália e da Coreia do Sul no país, como já fez com a China. O Irã – que anunciou restrições à livre-circulação no país para pessoas infectadas ou suspeitas de estarem infectadas – informou sobre sete novas mortes ontem, elevando o total para 26, o maior número de mortes fora da China pelo COVID-19. O Iraque fechou locais públicos, como escolas, universidades, cinemas e cafés, até 7 de março.

 

CANCELAMENTOS Marcada para 7 de março em Dublin, a partida de rúgbi do Torneio das Seis Nações entre Irlanda e Itália foi adiada para uma data desconhecida. As finais da Copa do Mundo de esqui serão disputadas em Cortina (Itália), de 18 a 22 de março, mas sem público.

 

Em contrapartida, um mês após a quarentena de Wuhan e de sua região, o número de mortes diárias na China caiu para 29 ontem, bem abaixo dos cerca de 100 óbitos já registrados no meio do mês.

 

 

Enquanto isso...
Papa com ‘leve indisposição’

O papa Francisco, que apareceu resfriado e com tosse na quarta-feira, cancelou ontem sua presença em uma missa, em razão de uma "leve indisposição", informou a Santa Sé. Na audiência geral organizada ao ar livre na Praça São Pedro, tinha apertado as mãos de dezenas de fiéis e manifestou seus pensamentos aos doentes com coronavírus em todo o mundo. Porém, o sumo pontífice, de 83 anos, não participou da celebração na basílica de São João de Latrão de Roma. "Devido a uma leve indisposição, preferiu ficar perto da residência Santa Marta, onde vive, no Vaticano", assegurou o diretor de comunicação da Santa Sé, Matteo Bruni, em comunicado. As outras atividades do dia foram confirmadas, segundo a mesma fonte. O pontífice, que tem dificuldades para caminhar, quase nunca cancela um evento de sua agenda. 


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