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Estado de Minas

Ataque aéreo mata 29 soldados turcos na Síria


postado em 27/02/2020 23:37

Ao menos 29 soldados turcos morreram nesta quinta-feira em um ataque aéreo na região de Idlib, no noroeste da Síria, segundo o último boletim das autoridades turcas.

Outros 36 militares feridos foram hospitalizados em Hatay, informou o governador desta província turca na fronteira com a Síria, atribuindo o ataque ao regime em Damasco.

Em resposta ao ataque, a Turquia bombardeou - na madrugada de sexta-feira - posições do regime de Bashar al Assad no noroeste da Síria.

Em declaração publicada pela agência de notícias estatal Anatólia, o diretor de comunicação da Presidência, Fahrettin Altun, pediu à comunidade internacional para "assuma suas responsabilidades" em Idlib.

A Turquia advertiu o governo sírio para que se afaste dos postos de observação turcos em Idlib, enquanto Moscou acusou Ancara de ajudar "terroristas" no território sírio.

O acordo firmado em 2018 com a Rússia para a região de Idlib prevê 12 postos de observação turcos na zona, mas vários já foram atacados pelas tropas sírias.

Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o total de turcos mortos na região chega a 34.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, convocou um conselho de segurança extraordinário sobre a situação e preside no momento a reunião, informaram as redes de televisão NTV e CNN-Türk.

Um porta-voz do departamento americano de Estado declarou que os Estados Unidos "apoiam a Turquia, nosso aliado da OTAN, e seguem pedindo o fim imediato desta depreciável ofensiva do regime de Assad, da Rússia e das forças apoiadas pelo Irã".

"Estamos buscando opções sobre como podemos apoiar melhor a Turquia nesta crise".

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, "reafirmou seu apelo a um cessar-fogo imediato" e manifestou "particular preocupação com o risco para os civis da escalada de ações militares", segundo seu porta-voz, Stephane Dujarric.

"Sem uma ação urgente, o risco de uma escalada ainda maior cresce a cada hora".

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, apelou a todas as partes a "desescalar" a violência na Síria, em particular na região de Idlib.

Por meio de sua porta-voz, Oeana Lungescu, o secretário "condenou os continuados ataques indiscriminados por parte das forças sírias na província de Idlib", acrescentando que é necessário "desescalar a situação".

Com apoio aéreo da Rússia, as tropas sírias mantêm uma ofensiva para recuperar o reduto rebelde de Idlib.

Centenas de milhares de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas na região desde dezembro, no maior deslocamento registrado desde o início da guerra civil na Síria em 2011.

Os ataques às tropas turcas aumentaram a tensão entre Turquia e Rússia, dois aliados tradicionais.

Ancara exigiu que Damasco recue suas tropas da região a um ponto atrás dos postos militares turcos em Idlib.

- Oportunidade -

Os Estados Unidos aproveitaram a situação para orientar a Turquia a entender quem são seus verdadeiros aliados, e para pedir que suspensa a compra de um importante sistema de mísseis da Rússia.

Kay Bailey Hutchison, embaixador dos Estados Unidos junto à Otan, disse que os turcos devem entender "quem são seus parceiros confiáveis".

A Turquia - membro da Otan - começou no ano passado a receber sistemas de mísseis S-400 comprados da Rússia, apesar das advertências dos Estados Unidos sobre sua implicação na venda de aviões de combate F-16.

"Espero que o presidente Erdogan observe que somos aliados do passado e do futuro, e entenda a necessidade de abandonar os 400", declarou Hutchison.


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