Jornal Estado de Minas

Protesto em praia mexicana onde banhistas foram agredidos por não consumirem nas barracas

Cerca de mil pessoas participaram de um piquenique no domingo na turística Playa del Carmen, no México, para protestar contra a agressão e prisão de dois turistas na semana passada.

Os manifestantes ocuparam uma área em frente ao clube "Mamita's Beach", um local frequentado por turistas estrangeiros, e um dos principais pontos da praia.



O protesto foi convocado pelas redes sociais após a divulgação de um vídeo em que policiais agrediram e prenderam um casal que frequentava o local, mas que não estava consumindo nenhum produto oferecido pelas barracas da área.

"Nasci e cresci aqui e uma vez fui expulsa desta praia com minha família", disse à AFP Martha Enriquez, 60 anos, da cidade vizinha de Puerto Morelos.

"Estamos aqui para dizer que essas belezas também são nossas, dos nossos filhos e netos", acrescentou.

Com cartazes e uma bandeira mexicana, um grupo de pessoas gritou que as praias também são para os habitantes locais e que sua permanência não pode ser condicionada ao consumo de produtos.

Após o ataque aos banhistas, o clube da praia pediu desculpas públicas e atribuiu o conflito ao casal que se recusou a se retirar de um corredor de serviço.

Posteriormente, a empresa afirmou que nenhuma ação ilegal foi tomada, uma vez que a empresa possui uma concessão.

As leis mexicanas estipulam que o acesso às praias não pode ser inibido ou restrito, exceto quando se trabalha com o cuidado e a conservação delas.

Playa del Carmen é um dos principais pontos turísticos do Caribe mexicano, além de Cancun, e é um local frequentado por turistas de várias partes do mundo.