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Estado de Minas

Alerta máximo na Coreia do Sul e quarentena na Itália por coronavírus


postado em 23/02/2020 10:01

A Coreia do Sul ativou neste domingo o nível de alerta máximo pelo novo coronavírus, enquanto a Itália se tornou o primeiro país da Europa a estabelecer medidas de quarentena em várias cidades, exatamente um mês depois da China ter feito o mesmo na região que é o berço da doença.

Diante do rápido aumento do número de contágios, o presidente sul-coreano Moon Jae-in decidiu estabelecer o mais elevado nível de alerta.

A epidemia de COVID-19 está "em um momento decisivo. Os próximos dias serão cruciais", afirmou após uma reunião do governo.

Com exceção do foco de infecção no cruzeiro "Diamond Princess" no Japão, a Coreia do Sul registra o maior número de pacientes (602 casos) depois da China. Neste domingo, as autoridades de saúde do país anunciaram mais três mortes, o que eleva a cinco o total de vítimas fatais.

Também foi registrada a terceira morte entre passageiros do do "Diamond Princess", informou o ministério da Saúde japonês. A vítima é um homem de 80 anos que tinha outras enfermidades. Ele foi levado de barco para um hospital depois de ter sido diagnosticado com o COVID-19.

O presidente sul-coreano Moon pediu às autoridades a adoção de "medidas de uma magnitude sem precedentes", após a informação de que centenas de membros de uma seita cristã foram infectados no sul do país. Mais de 9.000 pessoas estão em quarentena ou foram obrigadas a permanecer em suas casas.

Em número de mortos, o Irã, com oito vítimas fatais, é o segundo país com mais óbitos provocados pela doença, atrás da China. De acordo com um balanço atualizado, a República Islâmica, que no sábado anunciou o fechamento de escolas e universidades em 14 províncias, incluindo Teerã, tem 43 casos de contágio.

A Coreia do Norte, um dos primeiros países a fechar a fronteira com a China, está a salvo do vírus no momento, mas seu sistema de saúde não estaria preparado para a epidemia, de acordo com especialista.

Israel anunciou que 200 alunos de três centros de ensino deverão permanecer por 14 dias em suas casas, depois que estiveram em contato com turistas sul-coreanos que, ao retornar para seu país, foram diagnosticados com o novo coronavírus.

- Mais de 100 casos na Itália -

Na região norte da Itália, quase 52.000 pessoas acordaram neste domingo em zonas com entrada e saída proibidas, exceto em casos excepcionais, como anunciou o primeiro-ministro Giuseppe Conte.

Com o fechamento de empresas e estabelecimentos, o cancelamento de eventos culturais e o adiamento de partidas de futebol, o governo italiano tenta proteger parte das regiões da Lombardia (norte) e de Vêneto (nordeste) para conter a epidemia.

A primeira medida de confinamento no mundo foi anunciada em 23 de janeiro para os 11 milhões de habitantes de Wuhan, cidade na região central da China onde surgiu a epidemia de pneumonia viral em dezembro.

As imagens exibidas na TV italiana mostravam uma ausência total, até a manhã de domingo, de barreiras ao redor das 11 localidades confinadas. O decreto lei prevê sanções de até três meses para quem não cumprir a medida.

O presidente da Lombardia, a região mais afetada, afirmou que o país tem mais de 100 casos e pediu um controle maior nas fronteiras.

De acordo com a Proteção Civil o número subiu para 132 casos. Duas pessoas com mais de 70 anos morreram vítimas da doença no país nos últimos dias.

A Itália é o país europeu mais afetado pelo vírus. O foco é a área de Codogno, perto de Milão, onde apenas as farmácias estão autorizadas a permanecer abertas.

O primeiro-ministro Conte advertiu que pode recorrer ao exército para vigiar os pontos de controle.

- Riscos de expansão -

Na China, o balanço subiu para 2.442 mortos, após o anúncio de 97 novas vítimas fatais. Com exceção de uma, todas aconteceram na província central de Hubei, epicentro da doença.

O ministério da Saúde informou 648 novos contágios, o que aproxima de 77.000 a quantidade de casos no país.

O número de mortes anunciada neste domingo para as últimas 24 horas segue em leve queda na comparação com a véspera (109), mas os contágios aumentaram (397 no sábado).

A epidemia do novo coronavírus é "a maior emergência de saúde" na China desde a fundação do regime comunista comunista em 1949, afirmou o presidente Xi Jinping neste domingo.

"É necessário aprender com deficiências expostas" na resposta da China, completou Xi durante uma reunião oficial para coordenar a luta contra o vírus, um reconhecimento incomum por um líder chinês.

Em comentários citados pelo canal estatal CCTV, Xi afirmou que a epidemia "tem a transmissão mais rápida, a maior variedade de infecção e tem sido a mais difícil de prevenir e controlar".

"Esta é uma crise para nós e um grande teste", acrescentou.

Xi Jinping reconheceu que a epidemia "inevitavelmente terá um grande impacto na economia e na sociedade", mas enfatizou que os efeitos acontecerão "a curto prazo" e serão administráveis.

A expansão fora do país gera inquietação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) teme "a possível propagação do COVID-19 nos países com sistemas de saúde mais precários", advertiu o diretor geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Um estudo publicado na sexta-feira pelo Centro de Doenças Infecciosas do Imperial College de Londres calcula que "quase dois terços dos casos de COVID-19 fora da China não foram detectados em todo o mundo".


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