Jornal Estado de Minas

Órgão de vigilância financeira restabelece sanções contra Irã

O Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) restabeleceu nesta sexta-feira (21) todas as suas sanções contra o Irã, depois de considerar que o país não adotou as medidas apropriadas contra a lavagem de dinheiro e contra o financiamento do terrorismo.



O Irã não aplica a chamada Convenção de Palermo para combater o crime internacional. Portanto, "de acordo com nossas regras, o GAFI suspende a suspensão de todas as sanções e pede a seus membros que as apliquem efetivamente", afirmou o grupo, depois de uma reunião em Paris.

Caso Teerã ratifique a Convenção, a instituição "decidirá quais medidas deverão ser tomadas, incluindo a suspensão das sanções", afirmou.

Em junho de 2016, após a disposição expressa pelo Irã de se juntar ao grupo, o GAFI suspendeu as sanções de seus membros contra o país, o único na lista negra ao lado da Coreia do Norte, para lhe dar tempo para se adequar às regras.

Desde então, em paralelo à pressão exercida pelo governo americano de Donald Trump sobre o Irã, essa instituição enviou vários avisos ao país, antes de suspender uma primeira sanção no verão passado (hemisfério norte) e, outras duas, no outono (boreal).

O GAFI é um órgão intergovernamental criado em 1989 pelos ministros de seus Estados-membros.

Seu objetivo é limpar o sistema financeiro internacional, incentivando os países-membros, ou aqueles que desejam aderir a ele, a promulgar leis contra a lavagem de dinheiro e contra o financiamento do "terrorismo".