Maya Cikurel Spiller, mulher do ministro da Educação uruguaio nomeado, foi presa por suas ligações com casos de corrupção internacional, confirmaram fontes da Interpol à AFP nesta quinta-feira.

Spiller, uma contadora uruguaia de 46 anos, foi presa em Colônia na quarta-feira enquanto tentava atravessar Buenos Aires com seu parceiro, Pablo da Silveira, porque um alerta vermelho da Interpol sobre ela havia sido emitido.

A justiça exige que a mulher testemunhe na investigação relacionada à Arcadex Corporation, uma empresa com sede em Belize acusada de ser usada para pagar propinas no Panamá. O caso envolve o ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli.

Conforme relatado pelo jornal uruguaio El País, o pedido da Interpol foi feito por um crime "contra a ordem econômica na forma de lavagem de dinheiro".

Spiller foi levada a Montevidéu, onde já depôs ao procurador de Crimes Econômicos e Complexos, Ricardo Lackner, já ordenou a prisão domiciliar.

O Panamá agora tem 60 dias para solicitar sua extradição.

Consultado pela imprensa, Da Silveira - que assumirá como ministro de Educação na posse do novo governo em 1° de março - disse que embora esteja convencido da inocência de sua mulher, não fará declarações públicas para não interferir na Justiça. Ele ainda acrescentou que os fatos pelos quais é investigada ocorreram antes de eles se conhecerem.