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Estado de Minas

Forças sul-sudanesas submetem população à fome, denuncia a ONU


postado em 20/02/2020 08:49

O exército do governo do Sudão do Sul e outros grupos armados rebeldes na guerra civil "submeteram deliberadamente à fome" a população, negando acesso à ajuda humanitária e forçando seu deslocamento, denuncia um relatório da ONU divulgado nesta quinta-feira.

"Atualmente no Sudão do Sul, os civis são deliberadamente submetidos à fome, monitorados e silenciados sistematicamente, detidos arbitrariamente e com acesso negado à justiça", denuncia o relatório de uma comissão de direitos humanos da ONU.

Essa comissão, criada em 2016 pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para reunir evidências que poderiam ser usadas para julgar os autores dessas atrocidades, analisou os abusos cometidos entre setembro de 2018, data de assinatura de um acordo de paz em Adis Abeba, e dezembro de 2019.

Os três membros desta comissão acusaram as "elites predatórias que não prestam contas a ninguém" e menos ainda à população, a verdadeira vítima da guerra civil que eclodiu em dezembro de 2013.

Em dois dias termina o prazo para a formação de um governo de união nacional, previsto no acordo de paz de 2018, mas que foi objeto de múltiplas divergências e atrasos devido à "falta de vontade política", de acordo com a comissão.

"As elites políticas continuam ignorando o imenso sofrimento de milhões de civis", diz.

O Sudão do Sul mergulhou na guerra civil em 2013, dois anos após sua independência do Sudão, quando o presidente Salva Kiir acusou Riek Machar, seu ex-presidente de promover um golpe de Estado.

O conflito, marcado por atrocidades e estupros como arma de guerra, deixou mais de 380.000 mortos e causou uma crise humanitária catastrófica.


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