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Estado de Minas

Desafiando ordem judicial, funcionários da Petrobras mantêm greve


postado em 18/02/2020 21:25

Motivada pela demissão de uma série de funcionários em uma fábrica subsidiária da Petrobras no Paraná e pela venda de ativos da empresa, funcionários da companhia estão no 18º dia de paralisação, mesmo após a apresentação de recursos legais e incentivos laborais.

Segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros), mais de 20 mil funcionários aderiram à greve, representando um terço do total de empregados, nas 121 unidades da petrolífera, entre plataformas, refinarias, fábricas e sedes administrativas.

O anúncio dos que aderiram desafia a decisão judicial da véspera, que declarou o movimento como "ilegal".

A paralisação começou no último 1º de fevereiro após o anúncio do fechamento de uma fábrica de fertilizantes subsidiária da Petrobras no Paraná, seguida da demissão de aproximadamente 400 funcionários fixos e 600 terceirizados.

"É o maior movimento grevista petroleiro desde 1995", afirma Alexandre Finamori, porta-voz da FUP, durante manifestação que ocorreu em frente à sede nacional, no Centro do Rio de Janeiro.

A greve envolve funcionários dos 27 estados brasileiros, segundo a FUP, que reuniu cerca de mil manifestantes nos protestos no Rio.

Os trabalhadores também denunciam a política de venda de ativos iniciada pela estatal em 2015, como forma de se recuperar da crise relacionada à Lava Jato e pela queda nos preços dos barris de petróleo.

A empresa não comenta sobre o número de funcionários em greve, mas garante que a paralisação não afetou a sua produção por causa da contratação de funcionários terceirizados e dos petroleiros que não aderiram ao movimento.

Segundo dados da Petrobras, a empresa tem cerca de 60 mil funcionários.

O ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), no dia anterior, tinha considerado a greve dos petroleiros como sendo 'ilegal'.

Ele fixou uma multa diária de até R$ 500 mil para os sindicatos que não seguissem a decisão.

Martins Filho autorizou "medidas administrativas cabíveis" por parte da Petrobras, como corte de salários e demissão por justa causa.

No último 12 de janeiro, a empresa informou que adiantaria parte do pagamento do bônus anual aos funcionários com bom desempenho até o final deste mês, previsto para maio.


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