O governo francês rejeitou nesta terça-feira (18) as alegações de interferência do governo venezuelano depois que seu embaixador foi ao aeroporto de Caracas para receber o líder da oposição Juan Guaidó.
Paris convocou o embaixador venezuelano para negar as acusações "expressas durante a convocação do embaixador francês [Romain Nadal] pelo Ministério das Relações Exteriores ontem em Caracas", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França.
"A presença no aeroporto de Caracas do embaixador, em 11 de fevereiro, junto com a de outros chefes de missão europeus, por ocasião do retorno de Juan Guaidó à Venezuela, tinha o único objetivo de evitar qualquer violência e promover a solução política que apoiar a França na Venezuela", acrescentou.
Essa presença foi "coerente com o reconhecimento da França de Guaidó como presidente da Assembleia Nacional da República Bolivariana da Venezuela e presidente de transição encarregado de iniciar um processo eleitoral".
"Esta posição sem ambiguidade foi lembrada pelo embaixador venezuelano na França durante sua convocação", concluiu.
A "nota de protesto" venezuelana que foi entregue ao embaixador francês, Romain Nadal, acusou-o de "intromissão" nos assuntos internos por receber o líder da oposição.
"O embaixador Nadal faz uso abusivo dos privilégios concedidos pelo Estado venezuelano por seu status de funcionário diplomático" e "sua ação recente viola as convenções internacionais sobre usos e costumes que regulam a coexistência pacífica entre as nações", afirmou o comunicado do Ministério das Relações Exteriores venezuelano.