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Estado de Minas

Passageiros de cruzeiro do Camboja procurados após contágio de uma turista


postado em 17/02/2020 14:07

Uma operadora de cruzeiros americana procura desesperadamente centenas de turistas que desembarcaram na semana passada no Camboja, depois que uma das passageiras deu positivo no teste do novo coronavírus, o que causou medo de uma propagação da epidemia.

A companhia de navegação Holland America, dona do cruzeiro "Westerdam", trabalha "em estreita colaboração" com vários governos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os centros de análise dos EUA "para investigar e detectar pessoas que possam ter estado em contato" com a turista infectada.

Depois de serem rejeitados por vários países asiáticos por medo do coronavírus, os 1.455 passageiros do navio puderam desembarcar na quinta-feira no porto de Sihanukville (sul do Camboja), uma decisão bem recebida pelo presidente Donald Trump, enquanto vários cidadãos dos EUA estavam a bordo.

Mais de 1.200 passageiros do cruzeiro desembarcaram nos dias seguintes, depois que alguns foram submetidos a um rápido exame médico.

O primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, recebeu pessoalmente os primeiros a descer, ironizando sobre "a doença do medo" e afirmando que nenhum caso havia sido detectado a bordo.

Alguns foram até autorizados a visitar as praias de Sihanukville ou a capital Phnom Penh de ônibus, segundo imagens publicadas pela mídia local que os mostravam sorridentes e sem máscaras.

No entanto, no sábado uma passageira de 83 anos, que viajou para a Malásia para retornar ao seu país, foi diagnosticada positivamente pelo COVID-19 em Kuala Lampur.

Como ela, dezenas de outros passageiros retornaram do Camboja para seus países de origem, o que lança medo de uma propagação da epidemia, que já matou quase 1.800 pessoas na China.

Nesse contexto, as autoridades cambojanas intensificaram o controle sobre as pessoas que ainda estão no país.

"Tenho crianças pequenas em casa (nos Estados Unidos) e não gostaria de arriscar infectá-las", afirmou Christina Kerby, que chegou há alguns dias e está em Phnom Penh.

- Proibição de trânsito -

Todos os países da região estão atualmente implementando medidas para se proteger da epidemia.

A Tailândia, que se recusou a deixar o "Westerdam" atracar no país, planeja proibir a entrada de passageiros do cruzeiro no território, apesar de alguns deles já estarem no reino.

Enquanto isso, Singapura colocou em quarentena dois de seus cidadãos que estavam a bordo do navio. A cidade-Estado anunciou que não autorizará "nenhum outro passageiro do cruzeiro a entrar ou transitar".

Os passageiros do "Westerdam" embarcaram em 1º de fevereiro em Hong Kong, onde uma pessoa morreu e 60 foram infectadas. Posteriormente, continuaram viagem até o Japão.

Mas, por medo da epidemia, foi proibido de atracar no arquipélago japonês primeiro e depois em Taiwan, nas Filipinas, na ilha americana de Guam e na Tailândia. O Camboja, muito perto de Pequim, que investe bilhões de dólares no país, o autorizou.

A bordo, ainda existem 233 passageiros e 747 tripulantes. "Colheremos amostras de todas essas pessoas para análise", afirmou uma autoridade do Camboja à AFP.

A turista americana que deu positivo está atualmente em observação na Malásia. Seu marido também foi colocado sob vigilância.

O novo coronavírus já matou 1.775 pessoas e mais de 70.500 estão infectadas, principalmente na China continental.


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