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Estado de Minas

Luz verde para exploração da primeira central nuclear árabe no Golfo


postado em 17/02/2020 11:13

Os Emirados Árabes Unidos aprovaram a exploração da central nuclear de Barakah, a primeira do mundo árabe, mas não divulgaram uma data para o início da operação, que já foi adiava diversas vezes.

"A Autoridade Federal de Regulamentação Nuclear (FANR) aprovou a concessão da licença de exploração do reator 1 da central à empresa Nawah", anunciou nesta segunda-feira Hamad Alkaabi, representante permanente do país petroleiro do Golfo na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Ele acrescentou que o lançamento acontecerá em um "futuro próximo".

A Nawah Energy Company, fundada em 2016, vai explorar e ficará responsável pela manutenção dos quatro reatores da central de Barakah, na região noroeste do país, de acordo com o site da empresa.

"É uma nova etapa em nosso caminho rumo ao desenvolvimento da energia nuclear pacífica", escreveu no Twitter Mohammed bin Zayed, príncipe herdeiro de Abu Dhabi.

"Nossos esforços prosseguem para nos prepararmos para os próximos 50 anos e garantir as necessidades energéticas do país", completou o homem forte dos Emirados.

A central foi construída por um consórcio liderado pela Emirates Nuclear Energy Corporation (ENEC) e a coreana Korea Electric Power Corporation (KEPCO), ao custo de 24,4 bilhões de dólares.

O primeiro dos quatro reatores entraria em serviço no fim de 2017, mas a data foi adiada para cumprir as condições de segurança.

"Este é um momento histórico para os Emirados Árabes Unidos (...) e coroa os esforços de 12 anos de construção", celebrou Alkaabi.

"Depois da concessão da licença de exploração do primeiro reator, a operadora Nawah iniciará os serviços para preparar a exploração comercial", explicou.

Quando estiverem totalmente operacionais, os quatro reatores terão capacidade de produzir 5.600 megawatts de energia elétrica, quase 25% das necessidades dos Emirados Árabes Unidos, um país rico em petróleo.

O Estado federal composto por sete emirados tem uma população de 9,3 milhões de habitantes, dos quais aproximadamente 80% são expatriados.

As necessidades de energia aumentam devido ao uso sistemático do ar condicionado.

A ENEC, uma empresa pública, anunciou em dezembro que a carga de combustível nuclear no reator deve acontecer ainda no primeiro trimestre de 2020.

As autoridades dos EAU insistem no caráter "pacífico" de seu programa nuclear e garantem que o mesmo não tem nenhum objetivo militar, em um contexto de tensões regionais crescentes.

O governo do Catar, no entanto, considera a central nuclear uma "ameaça para a paz regional".

As relações de Abu Dhabi com o país vizinho, assim como vários de seus aliados, como a Arábia Saudita, não são boas. De fato, romperam relações oficiais em junho de 2017.

Abu Dhabi, como Riade, também mantém relações tensas com Teerã.

A central nuclear está localizada na costa noroeste do país, separada do Irã pelas águas do Golfo.


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